A chamada flexibilização de serviços não essenciais da economia avança em Alagoas, e, a partir da próxima segunda-feira (20), Maceió, Região Metropolitana da capital e municípios da Região Norte do estado entram em uma nova fase, mas os estabelecimentos autorizados a reabrirem precisam adotar medidas sanitárias rígidas, sob o risco de fechamento pela fiscalização e, o pior, acabarem contribuindo para a involução das etapas, o que ninguém quer pensar neste momento.

Em Maceió, a reabertura do setor produtivo teve início primeiro, e, com a progressão da fase laranja para a amarela, as lojas ou estabelecimentos de rua acima de 400 metros quadrados, shoppings centers, galerias, centros comerciais, bares, restaurantes, transporte intermunicipal, receptivos e transportadoras turísticas recebem a permissão para funcionar.

Para cada segmento deste, há um protocolo da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que precisa ser obedecido à risca. Além disso, os responsáveis devem observar a capacidade de lotação destes espaços. No caso dos bares e restaurantes, a ocupação não deve ultrapassar 50%. A mesma regra, agora, serve para o transporte e para as igrejas, que já puderam reabrir na fase laranja, com 30% dos lugares preenchidos, e, agora, com até metade do público.

No caso dos shoppings, por exemplo, apesar de reabrirem, não podem promover qualquer evento na área interna; o estacionamento deve ser reduzido a 50% das vagas; os provadores das lojas estão proibidos de serem usados; a saúde dos empregados, clientes e visitantes precisa ser monitorada o tempo todo; as áreas de crianças e de cinemas têm que estar desativadas; e o controle do fluxo de pessoas deve ser garantido para não ultrapassar a capacidade máxima permitida. A higienização é outra regra essencial de todos os ambientes comuns.

Nos bares e restaurantes, os clientes devem permanecer sentados, a higienização precisa ser frequente, e, se possível, o estabelecimento opte pelo serviço de delivery e de agendamento das reservas de mesas. Os cardápios necessitam ser adaptados, os temperos devem ser oferecidos em sachês, e um protocolo mais rígido deve ser adotado nos ambientes com bufês e self-services, onde a quantidade de pessoas costuma ser maior.

Os líderes religiosos já sabem, e as normas praticamente não mudam na fase amarela. Preferencialmente, devem ser disponibilizados cadeiras e bancos de uso individualizado (os de uso coletivo precisam ser reorganizados e demarcados com afastamento mínimo de 1,5 m entre as pessoas), os espaços destinados à recreação de crianças devem permanecer fechados e dispensadores de água benta ou outro elemento de consagração de uso coletivo precisam ser bloqueados.

Quanto aos transportes turísticos, a orientação é para que as empresas e os motoristas atendam, preferencialmente, on-line ou por telefone. Se isto não for possível, em caso de viagens turísticas, o veículo deve proporcionar circulação de ar natural (janelas abertas); recomenda-se o atendimento exclusivo, individual ou de grupos para evitar contato entre as pessoas de origens distintas em meios de transporte coletivo. As bagagens também devem ser higienizadas.

FASE LARANJA

O Governo dividiu o estado, nesta quarentena, em dez regiões sanitárias. Somente duas estão progredindo de fase a partir de segunda-feira. Maceió entra na etapa amarela. Para a laranja, avançam os municípios de Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte, Flexeiras e Satuba, Jacuípe, Japaratinga, Maragogi, Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe, Porto Calvo, Porto de Pedras, São Luis do Quitunde e São Miguel dos Milagres. Os demais permanecem na fase vermelha, a mais crítica do distanciamento social controlado.

Os que progrediram à laranja podem permitir a reabertura de lojas ou estabelecimentos comerciais de rua com até 400 metros quadrados, salões de beleza e barbearias com quadro de funcionários reduzido em 50%, além de templos religiosos com até 30% de capacidade de ocupação.

O Governo do Estado revelou que as avaliações da matriz de risco, utilizada para progressão ou involução de fase, serão feitas semanalmente, o que poderá acelerar ou não o processo de reabertura dos serviços não essenciais nesta quarentena.

Por Thiago Gomes | Portal Gazetaweb.com

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