Xerém, subida precoce aos profissionais, transferência para o Arsenal, da Inglaterra, retorno ao clube, outra saída e nova volta… De 2010 para cá, Wellington Silva viveu muitas histórias no Fluminense. E, agora, entre idas e vindas, o atacante, de 27 anos, está prestes a completar 100 jogos pelo clube que o revelou. E, como ele sempre diz, é a sua casa. A marca, inclusive, pode ser alcançada já neste sábado, no clássico contra o Vasco, às 19h (de Brasília), no Maracanã, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro.

– É motivo de satisfação e alegria enorme. Me sinto em casa no Fluminense e a sensação é como se fosse um aniversário que se aproxima. Essa marca de cem jogos, caso consiga alcançar neste clássico, é uma marca muito expressiva e que só reforça os meus laços com o clube – disse em bate-papo com o ge.

Wellington não deve ser titular do confronto, uma vez que Odair deve repetir a escalação da última terça-feira, com exceção do goleiro Muriel, que será desfalque por conta de um desconforto muscular. Mas o atacante já fez uma promessa: caso seja acionado, irá emoldurar a 100ª camisa utilizada em um jogo profissional pelo Fluminense.

– Vou guardar e emoldurar. A camisa da minha estreia pelo Fluminense e quando fui convocado para Seleção (de base) fiz a mesma coisa.

Entre os 99 jogos, 13 gols, sendo quatro em clássicos, e o carinho da torcida tricolor fica difícil escolher apenas um momento especial pelo clube. Mas um jogo faz Wellington Silva se emocionar até hoje: o segundo dele como profissional, quando fez o seu primeiro gol, na goleada por 5 a 1 sobre o Friburguense, pelo Campeonato Carioca de 2010 (relembre abaixo).

– Realmente é difícil escolher um. Mas o meu segundo jogo como profissional em 2010 foi bem marcante. Foi a minha estreia no Maracanã como profissional e titular. Minha família e amigos estavam com cartazes torcendo por mim. O professor Cuca me deu essa oportunidade de sair jogando e fiz meu primeiro gol como profissional. Uma alegria enorme.

“Toda vez que lembro desse dia me emociono. Foi a realização de um sonho para um menino da favela”, completou.

Wellington Silva se emociona e faz primeiro gol da carreira no Maracanã

Wellington Silva se emociona e faz primeiro gol da carreira no Maracanã

Veja o bate-papo com Wellington Silva na íntegra:

O seu 100º jogo pode ser justamente contra o Vasco, o rival do Fluminense que você se deu melhor e fez mais gols (foram dois, além de boas atuações). Você sempre se deu bem nesse clássico? Já era assim na base?

– Eu não lembro, mas na base era muito igual. A gente jogava muitas vezes contra. Mas acho que mais venci do que perdi (risos).

Completar 100 jogos nesse clássico de alguma forma é um incentivo a mais para você? Qual roteiro você imagina como ideal na partida?

– O roteiro ideal é sair com a vitória para coroar essa semana importante que foi de reverter um placar adverso na Copa do Brasil e se classificar. Se der para ajudar com um passe ou gol melhor ainda em um clássico. Mas, o importante é vencer, principalmente, o Vasco que é um rival e começou bem o Brasileiro.
Wellington Silva de volta aos treinos do Fluminense — Foto: Lucas Merçon / FFC

Wellington Silva de volta aos treinos do Fluminense — Foto: Lucas Merçon / FFC

Como está sendo essa disputa interna de vocês para jogar? O ataque está bem concorrido, né?

– Disputa sadia. Normal. Quando iniciou o ano comecei titular e lembro que o Michel Araújo não estava tendo tantas oportunidades. Agora, ela está bem, ajudando a equipe. O Nenê também está voando! Tem que continuar treinando porque as oportunidades sempre aparecem. Principalmente em um campeonato tão longo.

Nessa pandemia, você chegou a ficar afastado por um período por ter tido contado com uma pessoa infectada e, depois, testou positivo, novamente ficando em isolamento. Acha que isso atrapalhou na sua sequência no time?

– Acredito que não. Acho que a parada pela pandemia, sim, foi crucial. Os times ficaram muito tempo sem treinar presencialmente. É normal o jogador perder a sequencia e confiança. Foi como se recomeçasse o ano de novo para todo mundo.

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Foto: Mailson Santana