Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 12,2% dos trabalhadores por conta própria em Alagoas tinham CNPJ em 2019, o que representa uma queda de 2,9% frente aos 15,1% observados no ano imediatamente anterior. A redução no estado alagoano foi, percentualmente, a segunda maior do Brasil, já que o Tocantins registrou uma queda de 3%.

Os dados são da PNAD Contínua Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2019, que investiga um conjunto de informações sobre força de trabalho e apresenta indicadores como associação a sindicato, registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ; associação a cooperativa de trabalho e produção, entre outros.

O que os resultados indicam é que embora o contingente de trabalhadores por conta própria tenha crescido 5,7% em Alagoas no ano de 2019, alcançando 277 mil pessoas, a parcela que possuía CNPJ não acompanhou o mesmo ritmo, ocasionando a queda percentual.

Em relação ao início da série histórica, em 2012, a população de trabalhadores por conta própria sofreu redução (eram 293 mil). Já a quantidade que possuía CNPJ subiu para 34 mil (eram 30 mil).

Número de empregadores aumenta, mas parcela com CNPJ sofre queda

Em 2018, estimava-se que Alagoas tinha 25 mil empregadores, dos quais 20 mil possuíam CNPJ, o que representava 77,5% do total. Em 2019, embora o número de empregadores com CNPJ tenha passado para 21 mil, o contingente empregador total foi de 28 mil, representando uma queda percentual para 74% dos empregadores com CNPJ. Houve mais empregadores, mas a maior parte deles sem o CNPJ.

Alagoas tem a taxa de sindicalização mais baixa do país

Em Alagoas, o percentual das pessoas ocupadas e com idade para trabalhar que estavam associadas a sindicato passou de 6,7% para 6,1% no ano de 2019. Trata-se da menor taxa registrada entre todos os estados do país. Em números absolutos, passou de 66 mil para 63 mil.

Na região nordeste, o percentual de sindicalização era estimado em 12,8% em 2019, índice acima da média observada para o Brasil (11,2%). O Rio de Janeiro, com 6,9%, era o segundo estado com a mais baixa taxa.

Em Alagoas, cai o percentual de pessoas associadas à cooperativa de trabalho ou produção

A pesquisa também revelou uma queda para 5,2% no percentual de pessoas com idade para trabalhar que estavam ocupadas e associadas à cooperativa de trabalho ou produção. O índice era de 7,6% em 2018 e 6,4% em 2012.

A associação à cooperativa de trabalho ou produção é mais intensa na região Sul (9,3%) e mais baixa para o sudeste (3,9%). A média para o Brasil foi de 5,2%.

Fonte: Ascom IBGE/AL
(Foto: Tony Winston / Agência Brasil)