Os preços dos produtos nos supermercados do estado vêm aumentando desde o início da pandemia do novo coronavírus. O Procon Alagoas notificou que está monitorando através de fiscalizações os itens da cesta básica, no comércio local, devido aos aumentos constatados nos preços de arroz, feijão, óleo, carne e produtos à base de trigo.

Nesta conjuntura, consumidores relatam que a melhor forma de acessar alimentos menos caros é pesquisar preços, comprar produtos alternativos, como peixe ou outra proteína, óleos mais baratos, cereais que não subiram de preços

Ao CadaMinuto, Daniel Sampaio, diretor-do Procon Alagoas, afirma que: “Muitas pessoas estão sendo prejudicadas, à alta dos preços para alguns pode soar razoabilidade, já para outros como abusos, precisamos manter sempre a equidade nas relações de consumo e para isso vamos intensificar as fiscalizações para coibir as possíveis irregularidades”, finaliza.

Ainda segundo o Procon, o número de denúncias aumentou, todos os dias não feitas reclamações nas redes sociais referente ao aumento de preços nos supermercados. “Fiscais chegaram autuar um supermercado que chegou a ofertar óleo com preço 70% e arroz com 60% maior do que o valor obtido com o fornecedor.”

Para o economista Cícero Péricles, estamos vivendo o que os economistas chamam de “inflação de alimentos”, com os preços dos produtos da cesta básica aumentando cada vez mais. “A inflação geral acumula uma alta de 2% no ano, mas os produtos que compõem a cesta básica subiram em torno de 15%. Esse é o problema. A forte alta dos alimentos pesa particularmente para os mais pobres, a maioria da população de Alagoas. Quanto menos se ganha, mais se compromete o orçamento com alimentos. A família de baixa renda gasta, proporcionalmente, mais com alimentos que a família de classe média.” explicou.

Ele avalia que, no caso do óleo de soja e da carne, a elevação de preços tem outra explicação, as exportações. Como o real está desvalorizado e o dólar está alto, os preços brasileiros estão muito competitivos e as vendas externas levam os produtos, encarecendo-os internamente.

Por fim o economista explica que, como o real está desvalorizado e o dólar está alto, os preços brasileiros estão muito competitivos e as vendas externas levam os produtos, encarecendo-os internamente. O Brasil já exportou este ano 50 milhões de toneladas de soja para a China, um milhão de toneladas de carne bovina e metade das exportações de carne suína foi para China.

*Sob supervisão da editoria \ CADA MINUTO

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