Além da eliminação do CRB na Copa do Brasil para o Juventude, na noite dessa terça-feira (22), os bastidores regatianos ficaram ainda mais agitados após as fortes declarações do zagueiro Gum na saída do campo, e o presidente do Galo, Marcos Barbosa, rebateu o que disse o jogador, em entrevista no fim da noite, à Rádio Maceió AM 1020.

“Ele não só deve respeito a mim, mas também, à nação regatiana e tem que dizer o que está acontecendo, tem que ser homem e dizer. Se ele não teve coragem de dizer na frente dos jogadores e na minha frente, então ele realmente pode estar acenando que gosta muito de dinheiro. Tem que ter respeito, e ele é obrigado a fazer um vídeo e explicar à nação regatiana o que está acontecendo, eu não estou sabendo, por que só ele está sabendo? Jogador nenhum chamou atenção de nada, só ele porque não se classificou; faz parte do jogo, uns ganham e outros perdem.”, disse o mandatário do Galo.

O presidente revelou, ainda, o que foi dito ao elenco antes da partida contra o Juventude nessa terça. “Eu não estou chateado porque não me classifiquei, eu disse isso a eles. Falei para os jogadores que não poderíamos perder o jogo, pois eu não podia ser desmoralizado na minha casa. Então, a partir de hoje, nós temos que ganhar os jogos dentro da nossa casa. Classificação eu queria, todos nós queríamos”, disse o presidente.

Dirigente criticou ação do experiente jogador na saída de campo
FOTO: Ailton Cruz
Barbosa ainda criticou a postura do atleta ao dizer que ele estaria se achando superior por ter jogado em grandes clubes do futebol brasileiro e, até, ameaçou expor o zagueiro. “Agora, se ele está achando, porque jogou no Fluminense e em outros clubes, que é o principal jogador do CRB, aqui tem que ter respeito. Ou ele tem respeito ou eu o desmoralizo, e foi o que eu disse a ele; quem me desrespeitar será desrespeitado”, disparou.

Marcos Barbosa disse, ainda, que uma possível justificativa para a revolta do atleta seria a viagem para o Paraná, na semana passada, e disse que isso deveria ser discutido com o treinador Marcelo Cabo.

“Eu não tinha visto o que ele disse na televisão, uma pessoa quem me falou que ele tinha dito que estavam sendo tratados como robôs por passar dez horas em um ônibus, então deveria chamar o técnico, até porque eu mesmo não gostaria que aquela viagem fosse de ônibus. Queria que a gente voltasse e, depois, iria de avião, mas ele e todos os jogadores concordaram com o treinador e eu não concordei”, justificou Marcos Barbosa.

ZAGUEIRO

Após o jogo dessa terça, ainda na saída de campo, Gum disse que o elenco não estava sendo tratado como deveria e justificou os maus resultados na Série B e Copa do Brasil por situações causadas internamente.

Zagueiro deu declarações pesadas após eliminação
FOTO: Reprodução
“Primeiramente muito chateado, sabíamos que nossa equipe chegou bem nesse momento e foram criadas expectativas nossa, da diretoria e dos torcedores regatianos em chegar longe na Copa do Brasil. Nos últimos três jogos, contra o Paraná, por exemplo, fomos abaixo do que estávamos apresentando, algumas coisas aconteceram aqui dentro que chatearam o grupo e, com isso, caímos um pouco de produção dentro do campo, pois somos seres humanos. A chateação veio de fora para dentro, infelizmente”.

“Nós superamos, pensando em jogar somente por nossa família, nós jogadores e torcedor, pois torcedor não sabe de nada do que aconteceu e tem coisas que não podemos externar, temos que assumir a responsabilidade aqui dentro. Fechamos a boca junto à comissão técnica e trabalhamos, somos humanos e ficamos chateados porque algo aconteceu e, infelizmente, as pessoas não tratam futebol como seres humanos e, sim, como robôs, e não é assim que funcionam as coisas”, desabafou o zagueiro do Galo da Praia.

Por Jean Nascimento | Portal Gazetaweb.com

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