Com o contrato de contrapartida assinado pelo governo federal com o Estado, em agosto, o programa estadual do leite não vem conseguindo atender a população ,que cobra dos gestores uma ação que não é do município. Segundo a AMA ele é fundamental para famílias em situação de insegurança alimentar .

A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) chegou a anunciar um novo sistema e até aplicativo para o programa, com o objetivo de diminuir a burocracia nos procedimentos, reduzindo o excesso de documentos físicos e garantindo que o leite seja entregue com agilidade ao beneficiário.

Mesmo com pagamento atrasado durante alguns meses, o programa não foi suspenso ,mas os produtores reduziram a oferta e procuraram outras alternativas para comercialização da produção. A mudança de ministro, a pandemia também foram fatores que comprometeram o programa , segundo o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro. De acordo com a CPLA, o programa absorve de 10 a 20% da produção de Alagoas.

No mês de junho, a bancada federal garantiu verbas na ordem de R$19.800.000,00, com a obrigatoriedade de pagamento dos valores em atraso e contrapartida de 20%. O valor garante a distribuição de leite até março de 2021.

A CPLA diz que os produtores precisam voltar a acreditar no programa e reinserir a produção nas cooperativas, mas o atual preço pago por litro, no valor de R$ 1,70 , está abaixo do mercado. Essa defasagem de R$ 0,50 pesa muito, principalmente para o pequeno. Que ainda tem os custos da logística de entrega à cooperativa. De acordo com a CPLA, o programa absorve de 10 a 20% da produção de Alagoas.

A presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Pauline Pereira, em nome dos gestores que têm pressionado a Entidade, defende que o governo corrija essa defasagem e encontre, com rapidez, uma forma de atender a população. Ela diz ainda que o sistema “absorve 30% da produção do leite de Alagoas, e pode chegar a 650 mil litros por dia. “O Programa do Leite em Alagoas é da maior importância possível e, diante disso, temos que nos preocupar de corpo e alma para não desamparar a população vulnerável”, finalizou.

De acordo com o IBGE, há mais de 39 mil produtores de leite aqui em Alagoas. Sobre o cenário, o diretor presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, acredita que ele pode melhorar se o produtor sentir segurança em retornar e o governo alterar a política de preço vigente.

CADA MINUTO

Foto: Assessoria