A vereadora eleita Gaby Ronalsa (Democratas), irmã do ex-vereador e atual deputado Dudu Ronalsa, que obteve 7.549 votos, disse ao Cada Minuto em entrevista neste sábado (21), que a pandemia e abstenção foram fatores fundamentais para que a votação acabasse sendo tão baixa na capital, principalmente para o cargo de vereador.

Ainda durante a entrevista, a vereadora comentou que irá trabalhar em prol 10 segmentos e destacou seu compromisso com pescadores, marisqueiras, artesãos, ambulantes, cultura e esporte.

Por fim, Gaby explicou pra quem irá canalizar seu apoio no segundo turno e avaliou o comportamento e o governo de Jair Bolsonaro.

Confira a entrevista na íntegra:

01 – Quais serão os pilares do seu mandato? Terá algum diferencial?

Atuamos em mais de 10 segmentos, entres eles: igreja, pescadores, marisqueiras, artesãos, ambulantes, cultura e esporte, além de dar continuidade ao trabalho já desenvolvido vou e quero ouvir as comunidades e ao lado delas lutar por melhorias, visando atender suas demandas, e no âmbito da representatividade feminina vou lutar por políticas públicas, pelo empreendedorismo feminino, vou elaborar proposições que possam dar melhor condição à saúde da mulher e ser apoio das mulheres que sofrem qualquer tipo de violência.

02 – Acredita que a influência política do seu irmão enquanto deputado poderá pesar nas suas decisões políticas?

Sempre estive com Dudu, só que nos bastidores, em especial na parte jurídica. Dudu é a minha inspiração, por seu comprometimento e dedicação para com toda a sociedade. Agora estou na linha de frente e tenho total autonomia para trilhar esse novo caminho de ser a representante dos maceioenses. As decisões serão tomadas em prol da melhoria de vida das pessoas. É extremamente importante a gente trabalhar em parcerias, ninguém faz nada sozinho, e graças a Deus tenho um parceiro como ele. E não podemos esquecer que eu contando com mais força política teremos como por em prática nossos projetos e ações que visam atender à população, em especial à classe mais necessitada.

03 – Você se enxerga mais liberal ou conservadora? Por quê?

Sou conservadora, sem radicalismo, afinal, muito além da política, eu defendo a vida, como Pró-Vida, os valores cristãos e a família. Entendo que vivemos um cenário muito dinâmico no meio político e acredito que nós, como representantes do povo, precisamos nos adaptar ao contexto para que possamos trazer benefícios e benfeitorias a quem mais precisa, e lutarei por todos, sem, contudo, esquecer minha essência e ideologia.

04 – Avalia que a votação dos vereadores eleitos acabou sendo baixa neste pleito? A qual fator atribui a isso?

Sim. A abstenção foi imensa e atribuo esse quadro tanto ao momento que estamos vivendo causado pela pandemia do Covid-19, como também, à falta de interesse das pessoas de participar do processo democrático. Precisamos mostrar que o poder do voto é crucial para elegermos nossos representantes e o cidadão deve entender a importância disso, afinal quando optamos por não votar ou anulamos nosso voto, escolhendo nulo ou branco, estamos transferindo nosso direito de escolha para outro, e não podemos aceitar isso, até porque todos nós passaremos 4 anos com os escolhidos.

05 – Como avalia o governo e o comportamento de Bolsonaro?

Acredito que ninguém governa sozinho, o Presidente necessita, para governar, da parceria dos Senadores e Deputados Federais, assim como o Governador dos Deputados Estaduais e o Prefeito dos Vereadores, e todos devem se unir em prol da sociedade, esquecendo, sempre, dos interesses próprios.

Atualmente, deixando a política ideológica de lado, vejo o Presidente como alguém que procura trabalhar, que quer trabalhar mas que nem sempre consegue, creio que devemos parar de procurar defeitos, de trazer mais problemas e ir em busca de soluções.

Sabe-se que o governo federal, por meio de alianças, vem firmando compromissos com os estados e municípios para levar seus programas a todo país. É importante ter parcerias com os governos estadual e federal para o desenvolvimento da nossa cidade e sem isso não há recursos para o município. É necessário, ainda, ampliar os programas sociais e atender aos anseios das classes mais carentes. Para governar é essencial a contrapartida dos entes federativos, por isso é indispensável que todos os entes andem em harmonia em prol da coletividade. Assim, acredito que quando todos os gestores colocarem o coletivo a frente do individual, com o respeito prevalecendo, esquecendo seus interesses e ideologias partidárias e pensando no todo, a sociedade só terá a ganhar.

06 – O seu partido no primeiro turno apoiou a candidatura de Davi Davino, como a vereadora vai se comportar no segundo turno? Irá canalizar seu apoio eleitoral para algum dos dois candidatos? Por quê?

No Segundo Turno, declarei apoio ao candidato a prefeito JHC. O JHC tem propostas para melhoria na vida das mulheres, assim como tem ideias pra buscar benfeitorias para os mercados e feiras livres, segmentos que atuamos há muitos anos, além dele ter se comprometido com a Vida, ao assinar o Termo de Defesa da Vida, assim como eu também fiz, junto ao Movimento Pró-vida, o qual integro. Além do fato de acreditar que precisamos de mudança. Assim, uni forças ao JHC e sei que juntos podemos mostrar que essa realidade é necessária para fazer de Maceió uma cidade melhor. Política é soma e não queda de braço, então pelo bem e pela atual conjuntura estou aqui para somar com JHC.

*Sob supervisão da editoria \ CADA MINUTO

Foto: assessoria