Após cobranças da Câmara de Vereadores, o Município de Maceió tem sido alertado agora pelos deputados estaduais, para uma maior participação nos pacotes econômicos destinados aos setores. E ainda tem pesado contra a gestão municipal do prefeito JHC (PSB) a redução da porcentagem para 15% no pagamento da cota única do IPTU.

À Tribuna, a Prefeitura de Maceió reforça que é preciso ter responsabilidade com o recurso público e destaca que o pacote de ações fiscais foi pensado para auxiliar os maceioenses nesse momento difícil, mas levando em consideração a atual situação do município.

“Vale lembrar que na Prefeitura de Maceió foi encontrado um rombo de aproximadamente R$ 332 milhões e um déficit mensal de R$ 25 milhões. Em breve outras medidas serão anunciadas. A Prefeitura está fazendo a sua parte, ajustando as finanças e atendendo as prioridades, principalmente num momento grave como esse de pandemia”.

Já o vereador Joãozinho ressaltou que como parlamentar e maceioense, acredita que o pacote apresentado pelo município é tímido e que não ajuda praticamente em nada o setor produtivo.

“Vou sim, lutar para que ao menos, tenhamos um pacote de auxílio que seja igual ao disponibilizado pela gestão anterior. A situação é crítica e não vai se resolver com apenas 15% de desconto no IPTU”.

Em contato com a Tribuna, o deputado estadual Ronaldo Medeiros (MDB), reitera que o pacote de medidas adotados pelo prefeito de Maceió é um “pacote de maldades”, pois segundo o parlamentar não atende aos anseios do setor. Ele lembrou que no ano passado, o então prefeito de Maceió, Rui Palmeira, concedeu aos maceioenses um desconto de 30% para o pagamento do IPTU efetuado até o dia 30 de abril.

O deputado disse que Maceió poderia se espelhar no município de Arapiraca, que adotou medidas que isentam principalmente a cadeia produtiva, academias, hotéis, bares, restaurantes e similares do IPTU, taxa de localização neste ano.

“Maceió poderia dar o exemplo, né? Não deu até agora, né? A prefeitura vem se omitindo a entrar na pandemia. Pessoal tem medo, receio, fica no guarda-chuva do Governo do Estado. Medidas que o estado toma, eles fazem de conta que aceitam. Os líderes assumem responsabilidades, né? Prefeitos, governadores, deputados têm que assumir nos momentos difíceis. Quando é fácil, é bom. Mas esse é o momento difícil não só para Alagoas, mas para o Brasil, principalmente para o mundo, que exige líderes fortes, exigem decisões, que muitas vezes são decisões que não são simpáticas, não é? Não são simpáticas, mas que o líder não deve se furtar, né? E eu vejo hoje a Prefeitura, querendo ficar em cima do muro, também não quer dizer que é favorável que fique aberto, nem que feche, muito pelo contrário, quer dizer, é ruim quando nós temos pessoas, líderes que agem dessa forma”.

Fonte: Tribuna Independente / Carlos Victor Costa

(Foto: Divulgação)