O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou em um vídeo publicado no Facebook neste sábado (12) que a Rússia enviou novas tropas para o território ucraniano, conforme a guerra entre os países chega ao 17º dia.

No vídeo, o presidente diz que o envio de novas tropas estaria ocorrendo pois a Rússia teria tido as suas maiores perdas em décadas.

Com o cenário de continuidade dos conflitos, Zelensky disse que a Ucrânia “não tem o direito” de baixar a intensidade do combate.

Mesmo assim, ele afirmou que as forças do país respeitam o cessar-fogo para estabelecimento de um corredor humanitário na cidade de Mariupol, e pediu que a Rússia faça o mesmo.

Mariupol, localizado no sudeste da Ucrânia, tem sido alvo de intensos ataques russos há mais de uma semana. Autoridades locais citaram ao menos 1.600 mortes de civis.

O político também afirmou que está trabalhando com a Comissão Europeia, órgão que administra a União Europeia, para acelerar a adesão ao bloco, cujo pedido foi feito após a invasão russa. Ele disse que aguarda o anúncio de um novo pacote de sanções contra a Rússia por parte dos membros do bloco.

Na publicação, feita no Facebook, Zelensky diz que “agora é o momento que exige que todos nós sejamos eficazes em assuntos rotineiros. Realize seu trabalho cem por cento, ajudando colegas, cuidando de seus entes queridos. E ao mesmo tempo dê tudo o que for necessário para nossa defesa”.

A publicação afirma que o conflito com a Rússia é uma “guerra pública”, e uma guerra “pela nossa independência”.

Zelensky disse ainda que conversou com o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron sobre pressionar a Rússia a libertar o prefeito da cidade de Melitopol, que a Ucrânia diz ter sido sequestrado na sexta-feira (11) por forças russas.

O promotor regional de Luhansk, apoiado pela Rússia, alegou que o prefeito havia cometido crimes de terrorismo e estava sob investigação.

No sábado, centenas de pessoas protestaram do lado de fora da prefeitura de Melitopol exigindo a libertação do prefeito, de acordo com o vídeo da TV estatal ucraniana.

Por: CNN Brasil
Foto: YouTube/Reprodução