O ano de 2021 não acabou como a torcida do CRB queria, entretanto, há grandes motivos para o clube comemorar o ano que passou. Além de ter feito sua melhor campanha na Copa do Brasil e Série B, o Galo passa mais um ano com o caixa saudável e conseguiu um superávit financeiro superior a R$ 1,2 milhão.

Em seu site oficial, o clube divulgou, detalhadamente, suas receitas e despesas durante o ano inteiro. Isto é, do dia 1º de janeiro de 2021, até o dia 31 de dezembro do mesmo ano. No total, o clube conseguiu arrecadar mais de R$ 23 milhões durante toda a temporada, contudo, o valor do superávit é definido com a subtração entre receitas e despesas. No caso do Regatas, foi acumulado cerca de R$ 22,2 milhões em débitos.

O principal lucro do CRB veio com a Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro da Série B, onde conseguiu grandes campanha. Conhecida por ser a competição mais milionária do Brasil, a Copa foi disputado pelo Galo até as oitavas de final, quando caiu para o Fortaleza. No total, o time alagoano lucrou R$4,6 milhões, quase 20% de toda receita do time.

Já no Campeonato Brasileiro, além de cotas televisivas e renda com bilheteria, o CRB acumulou R$ 7,9 milhões, sendo esse a maior receita da temporada, responsável por cerca de 33% entre todas as receitas.

Entre outros valores de lucros estão sócio-torcedor, receitas com transmissões esportivas, premiações da Copa do Nordeste e empréstimos/vendas de jogadores. Nesse último, o clube regatiano obteve um ganho de R$ 580 mil. Com patrocínios, o Galo da Praia conseguiu obter cerca de R$ 6,4 milhões.

Um detalhe interessante é que o clube registrou uma ajuda de custo, por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), durante o período da pandemia. O valor total foi de quase meio milhão de reais.

Despesas

Nem apenas de lucro vive uma equipe de futebol, que é um esporte caríssimo, especialmente no alto nível. Entretanto, o Galo conseguiu controlar bem as dívidas para ter mais um ano saudável nos caixas. O clube dividiu suas dívidas, no documento, como custos e despesas. Sendo os custos os gastos “obrigatórios”, como viagens, manutenção, estrutura, taxas, além de premiações para os atletas, o famoso “bicho”.

Já as despesas são as contas como salários, indenizações, assistências médica, etc. No total, o clube somou e superou R$ 22 milhões em despesas e custos.

O principal custo veio, justamente, com as premiações dos jogadores, especialmente após grande campanha na Copa do Brasil. No total, as intituladas “premiações desportivas” custaram R$ 4 milhões aos cofres regatianos. Já em salários, que é, geralmente, o mais visto pela torcida, foram gastos cerca de R$ 10 milhões na folha salarial do clube. O gasto foi de 47% das despesas com pessoal.

Além disso, com indenizações trabalhistas, de casos na justiça, o Galo pagou mais de R$ 380 mil nessas dívidas.

A atual gestão, comandada por Mário Marroquim, assumiu o clube apenas no mês de abril, e desde lá fez investimentos em contratações, especialmente. Inclusive, o clube lançou um relatório mais detalhado dos investimentos na equipe durante o mandato. No total, soma-se R$830 mil em investimentos.

Apenas em reformas estruturais foram gastos R$ 54 mil, porém, a maior despesa foi com um Kit de Energia Solar, para o Centro de Treinamentos do clube, o Ninho do Galo. No total, o valor gasto chegou a R$ 331 mil. Houve também algumas compras menores, como uma mesa de poker, mesas, cadeiras, colchões, travesseiros, entre outras, para melhorar a estrutura do CT.

GAZETAWEB.COM \ Guilherme Magalhães

FOTO: Ailton Cruz / Gazeta de Alagoas