Em resposta à saída da Rodrigo Cunha do PSDB, o ex-vereador de Maceió e professor Regis Cavalcante afirmou que a federação PDSB/Cidadania terá candidatura ao Governo de Alagoas nas eleições de outubro. De Brasília, o pré-candidato conversou com a reportagem da Tribuna Independente e afirmou que pretende realizar um governo popular, e não populista.

“Minha candidatura surge para construir uma via democrática e independente no Estado de Alagoas. É um desafio que iremos apresentar à sociedade alagoana, que secularmente é chamada apenas para referendar os acordos das tocas de um estamento social que procura sufocar o avanço da democracia. Vivemos uma política elitista, onde uma parcela ínfima da população concentra a riqueza. Somos o estado que mais concentra renda e queremos um governo com responsabilidade coletiva”, afirmou.

Regis Cavalcante afirma que tanto do PSDB quanto o Cidadania querem um programa de governo fraterno. “Sempre sonhei com isso, como estudante, como jornalista e professor, sempre me dediquei à política com o viés do político-social. Nós da federação [PSDB/Cidadania] temos uma responsabilidade com o povo alagoano e vamos discutir questões fundamentais para os próximos quatro anos”, disse o pré-candidato.

Para Régis, o governo deve priorizar as oportunidades para a juventude. “Nós imaginamos que poderíamos ter um projeto de governo que priorize a construção de um modelo econômico que inclua a maioria da população. Nosso estado possui diminutas oportunidades, sobretudo para a juventude, e precisamos construir um governo com responsabilidade coletiva. Não pode haver um agrupamento de políticos que coleciona mandatos para seus familiares”, opina.

“Nós sabemos que hoje existe uma faixa percentual de alagoanos que nem sequer chegam a receber um salário-mínimo e isso é de uma perversidade absurda. E será pela via democrática que iremos construir um governo popular e efetivar a verdadeira cidadania alagoana”, concluiu.

Três nomes se sobressaem no atual cenário

Para o atual presidente estadual do Cidadania, Juca Carvalho, não existe vencedor prematuro, exemplificando com casos como o de Witzel, no Rio de Janeiro, e Zema, em Minas Gerais. “São exemplos recentes da resposta popular contra o modelo capitalista dos grupos dominantes. O Regis [Cavalcante] tem história e vamos trabalhar para entrar na história com o voto do povo” afirmou.

Além de Regis Cavalcante, se for eleito governador tampão, Paulo Dantas tende a ser o nome do MDB na disputa pelo cargo; Rui Palmeira, pelo PSD e Rodrigo Cunha, pelo União Brasil.

Para a cientista política Luciana Santana, três nomes que disputam o governo de Alagoas se sobressaem: Rodrigo Cunha, Rui Palmeira e Paulo Dantas. “A gente consegue perceber claramente que esses três nomes se sobressaem no sentido que têm maior viabilidade eleitoral. Claro que vamos ter outros nomes como Antônio Albuquerque [PTB], Régis Cavalcante [Cidadania], Cícero Albuquerque [PSOL] e até Fernando Collor [PROS], mas no caso desses, estarão muito mais pela representação partidária e para de alguma forma contribuir com a eleição proporcional”, opina.

“Esses outros estrarão na disputa como atores, talvez no campo de posicionamento político e até de oposição a algum polo específico, a alguma candidatura específica, mas não consigo perceber que esses outros nomes tenham viabilidade eleitoral”, continuou a cientista política.

TRIBUNA HOJE

Foto: Assessoria