Dez anos depois eles se reencontram em uma final de campeonato. Assim como em 2012, CRB e ASA duelam em dois jogos para saber quem será o campeão alagoano 2022. O primeiro confronto será neste sábado, às 17h, no Estádio Rei Pelé. A batalha final acontece em Arapiraca, no Estádio Municipal Coaracy da Mata Fonseca, próxima quarta-feira, às 20h. Não existe vantagem. Se os placares somados foram iguais a taça será decidida nos pênaltis.

O ASA quis arbitragem local. Mas o CRB pediu um equipe Fifa para os dois jogos e se propôs a pagar tudo. O árbitro Rafael Traci (Fifa-SC) vai apitar o primeiro jogo, válido pelas finais do Campeonato Alagoano. Os assistentes serão Bruno Boschilia (Fifa-PR) e Leila Naiara Moreira da Cruz (Fifa-DF). A quarta árbitra será Deborah Cecilia Cruz Correia (Fifa-PE). Na sala do VAR, Marcus Aurelio Augusto Fazekas Ferreira (CBF-MG) atua como árbitro de vídeo e Felipe Alan Costa de Oliveira (CBF-MG) fica como assistente.

Nos últimos vinte jogos entre regatianos e alvinegros, vantagem do time da capital. Foram 13 vitórias do Galo contra 6 do Fantasma e apenas um empate. Esse ano os times se encontraram duas vezes. Uma pela Copa Alagoas com sucesso do ASA por 3×0, e a mais recente pela primeira fase do Alagoano, na goleada histórica de 4×1 em pleno Trapichão.

“Aquele jogo foi uma lição. Foi um momento ainda de reconstrução do time. Foi muito difícil chegar até aqui, foi uma estrada muito irregular. A gente passou por muita dificuldade, muito percalço. Se eu tivesse perdido a semifinal, eu iria falar a mesma coisa que vou falar agora: a gente tá replanejando uma programação de trabalho. Quando eu cheguei aqui, a gente precisava ajeitar muita coisa, precisava ajeitar a parte física. O CRB jogou uma pré-temporada no lixo, jogou fora, porque teve 18 jogadores com Covid, a parte física não tava boa e, durante o processo da temporada, a gente teve que fazer uma nova pré-temporada, e isso não é fácil pra o futebol”, explicou o técnico Marcelo Cabo.

Do outro lado, o técnico interino Jota Guerreiro trabalha com o grupo e deve manter a formação que derrotou o Murici na semifinal. A força ofensiva é a principal arma do time, que tem 19 gols e conta com Anderson Feijão, principal artilheiro do estadual, com seis. Na primeira fase, o ataque alvinegro balançou a rede 15 vezes e nos confrontos das semifinais marcou mais quatro gols. O trio ofensivo é formado por Xandy, Anderson Feijão e Júnior Viçosa, que também aparece na lista dos artilheiros, com três.

“Ninguém sabe o que tenho passado nos últimos três, quatro meses, as renúncias que tenho feito pra estar no dia a dia do ASA. É complicado demais, muita gente me criticando, dizendo que estou fazendo isso, fazendo aquilo, mas eu estou deixando de fazer pra estar aqui… Eu sei o que eu errei e sei o que deixei de fazer, mas eu agradeço à diretoria, ao conselho, à torcida, que acreditou no meu trabalho. Chegamos à final do Alagoano depois de 10 anos. Antes, batemos na trave, quase sendo rebaixado, e, hoje, o ASA está numa final. Eu vou comemorar como se fosse a melhor coisa do mundo se o ASA for vice-campeão ou campeão”, desabafou o presidente alvinegro Higor Rafael.

Por Tribuna Independente
Foto: Assessoria