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Apesar da redução anunciada pela Petrobrás no início do mês, o preço do gás de cozinha permanece elevado em Alagoas, em alguns pontos de venda. Segundo consumidores, o valor pode chegar a R$ 120.

Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o valor médio do botijão em Alagoas é de R$ 108 podendo variar entre R$ 94 e R$ 115. Considerando os valores médios praticados em todo o Nordeste, Alagoas tem o terceiro menor preço. Estão à frente os estados de Pernambuco (103), Bahia (106,96) e Sergipe (108).

A auxiliar administrativa Carla Jéssica da Silva conta que todos os meses há variação de preço no produto e que na última compra pagou R$ 110, ainda no mês passado.

“Todos os meses percebemos as mudanças nos valores. No meu trabalho uns colegas comentaram que pagaram R$ 120 esses dias”, diz.

A pesquisa de preços tem servido como aliada entre os consumidores. O comerciário Ezequiel Oliveira afirma que tem buscado alternativas como desconto de aplicativos para garantir a economia.

“Pesquisamos os valores, mas sempre acabamos comprando por um aplicativo que rende um abatimento no preço ou faz promoções”, pontua.

Proprietária de uma revenda de gás na parte alta de Maceió, Mirian da Silva conta que os valores elevados não têm influenciado nas vendas. O que mudou foi o perfil dos consumidores que agora pesquisam mais antes de pedir ou comprar no local.

“Não tivemos impacto nas vendas até porque o gás de cozinha é algo quase que indispensável, as pessoas precisam comprar. O que estamos percebendo é que os clientes estão pesquisando mais, temos recebido mais ligações perguntando pelo preço e isso de certa forma influencia num crescimento de vendas, porque o consumidor liga para vários lugares e acaba fechando com o último, por exemplo, porque o preço é o mesmo em quase todos os lugares. Quem é cliente permanece comprando conosco, mas isso dificulta na questão de novos clientes”, defende.

Mírian explica que o preço elevado influencia também na possibilidade de promoções e atrativos para os clientes.

“Temos que buscar alternativas como oferecer brindes, mas descontos fica difícil. Porque o preço aumenta, mas a nossa margem de lucro não”, detalha.

Em todo o país os valores do botijão oscilam podendo custar até R$ 160. A região Norte, concentra os preços mais elevados. Segundo a ANP, atualmente cerca de 50% do valor do gás de cozinha corresponde a revenda, outros 10% correspondentes à margem da distribuição, 20% de revenda e o restante de tributos estaduais.

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente
Foto: Sandro Lima / Arquivo