O senador Renan Calheiros é chamado, mais uma vez, para o centro do ringue eleitoral de Alagoas. Agora, o oponente é o senador Rodrigo Cunha, candidato a governador pela oposição.

Vai ter troco, e até as ruas de Murici o sabem. E que ninguém espere luvas de pelica – não é o estilo do emedebista, quando provocado a ser o homem primordial.

Calheiros já está acostumado a isso. Basta lembrar a eleição de 2016, quando Rui Palmeira, disputando a reeleição em Maceió, apontou suas baterias para o senador: “Ninguém gosta do Renan no Brasil”.

Calheiros rebateu: “Rui compra votos”.

A vez agora é de Rodrigo Cunha que, assim como Rui Palmeira, investe na rejeição de Calheiros – eis a motivação central -, mesmo tendo ao seu lado o deputado Arthur Lira, candidato a ser um “novo Renan” na preferência nacional.

Paulo Dantas está longe de ser o candidato do senador Calheiros, mas é o que sobrou para o MDB local – que inchou, mas não cresceu. Ou a turma de Renan vai com ele ou não vai com ninguém.

Mas é lembrar que, embora não existam amigos ou inimigos definitivos na atividade política – e o senador é profissional como poucos da seara política -, a mágoa de agora já está armazenada numa câmara de refrigeração.

E não será descongelada na hora em que for servida.

CADA MINUTO \ RICARDO MOTA

Foto: Framephoto / Redes Sociais