Tradicionais durante os festejos juninos, principalmente no Nordeste, os fogos de artifício já estão sendo comercializados em vários pontos da capital alagoana, e a expectativa de vendedores e proprietários de barracas do produto é que as vendas superem às do ano passado.

Zenilda Tavares é dona de uma desses estabelecimentos, na Avenida Durval de Goes Monteiro, no Tabuleiro. “O ano passado estávamos em plena pandemia. Hoje, percebo nas pessoas um desejo de se libertar, de festejar. Acredito que as vendas vão triplicar em relação ao ano de 2021”, afirmou Zenilda.

Zenilda disse que, apesar do aumento no preço dos fogos, está tentando ao máximo manter os valores ao cliente. “Só estamos repassando o que realmente não conseguimos segurar”.

Laudjane Luna, proprietária de uma barraca de fogos, no Barro Duro, disse que os fogos artesanais foram os que mais subiram de preço. “A pandemia prejudicou o setor de fogos produzidos de forma artesanal. Faltou matéria prima, embalagens e também mão de obra. Isso tudo fez o preço desse tipo de produto ficar mais caro. Para ter uma ideia, um pacote de chuvinha que vendíamos por R$ 8, no máximo R$ 10, hoje vendemos a R$ 12”, disse ela.

Nessas barracas podem ser encontrados fogos com preços que vão de R$ 2 a R$ 250. Com R$ 2, por exemplo, é possível comprar uma estrelinha, um tipo de fogos infantil. Já o mais caro, de R$ 250 é a girândola, fogos de artifício bastante utilizado em grandes eventos, como Réveillon, e que além de explodir 468 tiros, pode ainda liberar um vasto colorido no ar.

Barracas precisam de autorização da Prefeitura para funcionamento

Para comercializar fogos de artifício em Maceió, é necessário que os proprietários das barracas realizem um cadastro na Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS). As inscrições tiveram início no dia 16 do mês passado e se estendem até a próxima sexta-feira (10).

Para obter o alvará de autorização para o funcionamento das barracas de fogos de artifícios, os comerciantes devem se dirigir ao prédio da SEMSCS, na Rua Alexandre Passos, no bairro de Jaraguá, de 8h às 14h, e protocolar um requerimento, disponibilizado no momento da solicitação na secretaria, anexando RG, CPF, comprovante de residência do representante legal, CNPJ, alvará de funcionamento da empresa, projeto da barraca e contrato de locação de imóvel (para caso de barracas em áreas privadas).

Renata Amorim, coordenadora de Controle de Atividades no Espaço Público da SEMSCS, explicou que após a análise da documentação e o pagamento de taxas, o alvará de autorização para instalação de barracas de fogos de artifícios será emitido.

“Depois que as barracas forem montadas, vistoriadas e aprovadas pelo Corpo de Bombeiros Militar [CBM/AL] de Alagoas, os responsáveis pelas estruturas devem retornar até a SEMSCS com o Laudo de Vistoria do CBM/AL para que o alvará de permissão da comercialização dos fogos de artifícios seja devidamente emitido, autorizando o início das atividades”, disse a coordenadora.

As taxas são calculadas conforme o Código Tributário Municipal e têm como base de cálculo a metragem da área utilizada, a região e o período de funcionamento.
Operações de fiscalização, programadas pela Coordenação Geral de Fiscalização de Posturas, ocorrerão durante todo o mês de junho.

As barracas encontradas sem alvará ou em desacordo com as normas municipais, poderão ser notificadas e até interditadas, segundo a SEMSCS.

CUIDADOS

Mesmo causando admiração em muitas pessoas, os fogos de artifício são perigosos e podem causar acidentes graves se não forem manejados de forma correta. Algumas orientações dos Bombeiros para evitar os acidentes é que os fogos sejam acionados por adultos, em locais abertos e após a leitura atenciosa das instruções contidas na caixa do artefato.

A queima de fogos não deve acontecer por pessoas que tenham ingerido bebida alcoólica. Os Bombeiros também alertam que fogos que falham nunca devem ser reaproveitados, pois esses podem disparar no momento que estejam sendo reutilizados, causando acidentes muitas vezes gravíssimos, como amputação de dedos ou mão, trauma nos ouvidos e cegueira. Estas são algumas das consequências desses acidentes.

TRIBUNA HOJE

Foto: Edilson Omena