Finalmente! Após quase dois meses sem vencer, o CSA computou mais três pontos na tabela da Série B. Na noite desta sexta-feira (15), no OBA, em Goiânia, o Azulão conseguiu um triunfo providencial na luta contra o rebaixamento, ao bater o Vila Nova por 2 a 1, pela 18ª rodada da Segundona. Foi a primeira vez, nesta Série B, que o time azulino venceu como visitante.

O resultado foi suficiente para tirar o CSA da zona do rebaixamento, pelo menos, momentaneamente. Após começar em 19º, o time marujo deu um salto direto para o 15º lugar. Para seguir fora da situação delicada, precisa secar Ituano, Guarani, Náutico e Chapecoense. O Tigre, por outro lado, segue em um ostracismo. Com os mesmos 13 pontos, o Vila segue afundado na lanterna, longe de deixar a zona vermelha.

Agora, as duas equipes se preparam para o encerramento do 1º turno do torneio. O Tigrão já entra em campo nesta segunda-feira (18), em mais um duro embate. O adversário da vez será o Sport, na Ilha do Retiro, às 20 horas. Já o Azulão só jogará na quarta-feira (20), e com um grande desafio pela frente. O próximo rival será o líder Cruzeiro, no Trapichão, às 19 horas.

1º TEMPO

A expectativa da torcida azulina era de nova atitude. Uma resposta direta a isso veio logo no primeiro minuto, em boa chegada de Gabriel na área, mas a defesa do Vila tirou. O Tigre, por outro lado, também queria dar resposta ao seu torcedor, que compareceu em bom número no OBA. A primeira chance foi aos 8min, com finalização forte de Matheuzinho, mas Carné encaixou. O jogo começou lá e cá. Aos 11 minutos, Osvaldo fez linda jogada individual, cruzou na boca do gol e ninguém chegou para finalizar, desperdiçando uma bela chance.

O Azulão era evidentemente melhor nos primeiros minutos, e bem mais ousado. Porém, tamanha ousadia, também abriu espaços na defesa. Com 17min, Pablo Dyego foi lançado na esquerda e tocou para Arthur Rezende arrematar de longe. O chute foi bom, mas Marcelo Carné defendeu. Quando ele não conseguiu segurar, aos 19, ele foi salvo pelo travessão. Após cobrança de escanteio, Rafael Donato resvalou na bola, que quicou e foi caprichosamente no poste azulino.

No rebote do lance, Marlone ainda tentou um petardo, para fora. O Vila melhorou muito após suas chegadas perigosas, enquanto isso, o CSA recuou. Os visitantes até atacaram, mas sem muito susto. Com 29 minutos, Diego Renan cruzou e Rodrigo Rodrigues tentou de cabeça, sem dificuldades para o goleiro Tony. Quem também tentou foi Giva, aos 32, com chute de fora, que passou bem longe da meta colorada. A partida encontrava-se muito disputada, com boas chances dos dois lados.

Com 34 minutos, veio o lance de mais polêmica no primeiro tempo. Lucas Barcelos foi lançado na área e caiu, após tropeçar nos braços do goleiro Tony. Após dois minutos, o árbitro foi assistir ao lance no VAR. Apesar da polêmica, Rodolpho Toski decidiu não marcar o pênalti. A reclamação foi forte, para os dois times, mas não teve jeito, a decisão foi mantida.

Depois do lance polêmico, o embate voltou para a sua normalidade. Com 42 minutos, novamente o Vila Nova chegou de frente para a área. O meia Marlone, porém, finalizou mal, para fora. Na vez do Azulão, não teve jeito. Rodrigo Rodrigues colocou a bola nos pés do Osvaldo, que em dois toques dominou e mandou uma bomba no canto, para abrir o placar aos 44 minutos.

A repentina abertura de placar chocou os atletas do Vila, que ficaram sem acreditar. Os minutos finais do primeiro tempo foram sem jogadas e o 1 a 0 para o CSA foi mantido.

2º TEMPO

Para tentar reagir o mais rápido possível, Allan Aal voltou do intervalo com três trocas. Porém, não foi isso que se viu no começo da etapa final. O Azulão seguiu melhor, mais próximo de marcar. O Tigre finalizou apenas com 9min, em chute de Pablo Roberto, que nem passou perto do gol. A resposta maruja veio com perigo. Lucas Barcelos tocou para Osvaldo na entrada da área. O atacante tinha tudo para ampliar, mas isolou feio.

A partida, enfim, voltou a ficar movimentada. Pablo Dyego, com 11 minutos, arriscou muito bem de fora da área. A bola foi no cantinho e ainda raspou na trave do CSA. Com 13′, quase o mesmo Pablo Dyego empatou. A bola alçada, depois de cobrança de escanteio, foi direto no segundo poste e sobrou para o atacante sozinho. Porém, o cabeceio foi errado, direto para fora.

Claramente, o nervosismo começava a tomar de conta do time goiano, que tentava chegar de todas as maneiras. O clube azulino, por outro lado, parecia bem mais tranquilo. Aos 20 minutos, a paciência do CSA recompensou e rendeu um bom lance para Édson finalizar livre. Porém, o chute fraco foi fácil para Tony defender. O susto lá atrás veio aos 22min. Diego Tavares cruzou para Pablo Dyego, que finalizou cruzado, com perigo.

Porém, tal lance nem chegou aos pés de duas oportunidades que o Azulão teve poucos minutos depois. Com 24 minutos, Lucas Barcelos encontrou um lance individual, dançou sobre a marcação, invadiu a área e mandou uma bomba na trave. Dois minutos depois, Rodrigo Rodrigues apareceu livre contra Tony, finalizou desajeitado e o goleiro defendeu com o peito. Para responder, também aos 28, Pablo Dyego finalizou com perigo e Carné segurou.

As oportunidades apareciam, principalmente, por conta do desespero goiano. O desespero, porém, não deu resultado, já que a defensa ficava toda exposta. Finalmente o CSA encontrou espaço, aos 30 minutos. Lucas Barcelos invadiu a área e tocou para Rodrigo Rodrigues chegar finalizando. Na primeira, o camisa 99 acertou na trave. Mas, no rebote, já todo desequilibrado, ele conseguiu finalizar e ampliar a vantagem azulina para 2 a 0.

Para muitos, o jogo havia se encerrado ali, inclusive, muitas vaias da torcida do Tigre foram bem audíveis. Porém, em campo, finalmente o time respondeu. Riquelme ficou desmarcado no lado direito e mandou cruzamento na pequena área. O atacante Rubens chegou como um foguete, acertando um cabeceio que estufou as redes do Azulão: 2 a 1.

Com o gol sofrido, Alberto Valentim não pensou duas vezes e recuou o CSA. Inclusive, abriu mão de Rodrigo Rodrigues para colocar o zagueiro Douglas. O Vila tentou de todas as maneiras, enquanto o Azulão colocou uma corrente de jogadores na entrada da grande área. Nos acréscimos, os jogadores do Tigre reclamaram de dois pênaltis, que não aconteceram. O sufoco foi grande, mas o CSA, enfim, voltou a vencer na Série B.

Ficha técnica

Vila Nova – Tony; Moacir, Renato, Rafael Donato e Willian Formiga (Jefferson); Rafinha (Pablo Roberto), Arthur Rezende e Marlone (Diego Tavares); Matheuzinho (Rubens), Pablo Dyego e Daniel Amorim (Riquelme). Técnico: Allan Aal

CSA – Marcelo Carné; Diego Renan, Wellington, Lucão e Édson (Lucas Marques); Geovane, Giva Santos e Gabriel; Lucas Barcelos, Osvaldo (Igor) e Rodrigo Rodrigues (Douglas). Técnico: Alberto Valentim.

Gols – Osvaldo (CSA – 44’/1T); Rodrigo Rodrigues (CSA – 30’/2T); Rubens (VNO – 33’/2T)

Cartões amarelos – Wellington (CSA); Moacir (Vila Nova)

Árbitro – Rodolpho Toski Marques (FIFA/PR)

Assistentes – Victor Hugo Imazu dos Santos (CBF/PR) e João Fabio Machado Brischiliari (CBF/PR)

Quarto árbitro – Victor Lucas Pereira Silva (CBF/GO)

VAR – Gilberto Rodrigues Castro Junior (CBF/PE)

Assistente do VAR – Clovis Amaral da Silva (CBF/PE)

POR: Guilherme Magalhães e Raphael Alves/GAZETAWEB
FOTO: Roberto Corrêa / Vila Nova F.C.