A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió registrou em agosto 111,9 pontos. O índice, que cresceu 3,2% na comparação mensal e acumula três meses seguidos de alta, é o segundo maior registrado nos últimos quatro anos, perdendo apenas para janeiro de 2019, quando atingiu 112 pontos. Na comparação anual, a taxa apresenta um crescimento de 25,3%.

O levantamento, que é produzido pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta ainda que a intenção de consumo de agosto registrada em Maceió supera o índice de todas as outras capitais do Nordeste. Teresina (PI) aparece em segundo, com 98,9 pontos, seguida por Salvador (BA), com 88,3 pontos, e Natal (RN), com 85,3 pontos. Já João Pessoa (PB) ficou com a pior taxa, aos 57,5 pontos.

Para o economista e coordenador do Instituto Fecomércio Alagoas, Victor Hortencio, a tendência de alta apresentada pelo índice, que mensura o grau de satisfação em termos de emprego, renda e capacidade de consumo, confirma a tese de que a economia alagoana está voltando à plena atividade depois de dois anos marcados por restrições e enfrentamento à pandemia de Covid-19.

“Mesmo sentindo o impacto da inflação e da alta de juros no orçamento familiar, a população da capital alagoana ainda está conseguindo protagonizar um cenário de elevação do nível de consumo. E a previsão é a de que ocorram mais altas no índice, devido ao período eleitoral e à proximidade de importantes datas comemorativas, como a Black Friday e o Natal”, ressalta.

SUBÍNDICES

Em uma análise mês a mês, os dados mais recentes mostram que apenas dois subíndices tiveram variação negativa em agosto: “Acesso ao Crédito”, com queda de 2,4%, e “Momento para Duráveis”, com variação de -0,9%. Para Hortencio, esse registro pode ser resultado do aumento sustentado da taxa Selic, que baliza as taxas de crédito e investimento em todo o país e, hoje, está em 13,75%.

Já o subíndice “Perspectiva de Consumo”, que obteve o crescimento mais significativo do levantamento, com alta de 10,2%, demonstra, de acordo com o economista, a constatação da presença de um sentimento de otimismo do maceioense em relação ao segundo semestre. Uma variação positiva mais consistente também foi percebida em “Nível de Consumo Atual”, que registrou alta de 5,9%. Para o coordenador do Instituto Fecomércio, os dois indicadores juntos legitimam o crescimento apresentado pelo ICF, confirmando, por meio da demanda, os sinais de recuperação da economia alagoana.

Por Assessoria
Foto: Fecomercio AL