O coordenador do futuro governo Lula para o Orçamento, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) declarou nesta quarta-feira, 2, que o salário mínimo vai ter um ganho real de 1,3% ou 1,4% em 2023.

“Garantir o reajuste do salário mínimo, que já tem uma previsibilidade pela inflação, mas o compromisso, já do primeiro ano, é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos. Como houve queda, como houve momentos mais elevados, momentos baixos, provavelmente, vai ficar aí em um patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real neste primeiro ano. Mas precisa constar do Orçamento”, declarou Dias em entrevista à Globonews.

Uma das críticas do presidente eleito Lula ao governo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral foi que o Salário Mínimo não teve aumento real nos últimos quatro anos.

O político também assegurou que o governo do PT vai manter o Auxílio Brasil de R$ 600 a partir de 1º de janeiro. No Orçamento enviado ao Congresso pelo presidente Bolsonaro não está previsto o Auxílio Brasil.

“Aqui, o objetivo é: garantir a continuidade do Auxílio Brasil. Então, os R$ 600 segue em condições de pagamento, a partir de 1º de janeiro, não haverá descontinuidade, o que preciso? É uma PEC? A necessidade de constar no Orçamento? É isso que nós vamos garantir”, salientou Dias, explicando que vai negociar com o Congresso para incluir o valor.

O senador vai ser reunir na próxima quinta-feira, 3, com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento do próximo ano, no Congresso Nacional, junto com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, coordenador da transição de governo.

Governo do PT vai ter responsabilidade fiscal

Segundo Dias, o governo do PT vai ter responsabilidade fiscal, mesmo com uma forte atuação na área social.

“Vamos ter um plano estratégico, com medidas de curto, médio e longo prazo, onde também vamos sinalizar para garantir, claro, crescimento, as condições de crescimento econômico, de ampliar investimentos, de atrair investimentos, apontando, como fez o presidente Lula, em 2003 e 2010, as condições de equilíbrio nas contas públicas, as condições de atingir superávit, as condições de ampliar investimentos”, salientou o senador.

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FOTO: Leandro Fonseca/Exame