O movimento sindical está se organizando para uma reação à nova lei sancionada pelo Governo de Alagoas que repassa os prédios das escolas para o Fundo Garantidor do AL Previdência. Articulações estão sendo feitas, e o primeiro ato público a ser realizado será uma mesa de debate com especialistas no assunto, no próximo dia 15 de dezembro.

“Estamos fazendo o que o governo não fez, trazendo o tema para ser debatido e esclarecido publicamente com a sociedade. É fundamental estarmos bem informados para nos posicionarmos e termos o apoio da população na luta em defesa do nosso bem público”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia.

Na organização, junto com o Sinteal e a CUT, estão o Sindfisco e a Auditoria Cidadã da Dívida Pública (ACD). A mesa de debate será virtual, transmitida ao vivo pelo canal da dívida pública. Os expositores serão Maria Lúcia Fattorelli (coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida), Flávio Serafini (deputado estadual pelo Rio de Janeiro), Milton Canuto (especialista em Direito Educacional) e Lúcia Maria Beltrão (diretora do Sindfisco Alagoas).

Sobre o Projeto

O Projeto de Lei já aprovado e sancionado prevê a transferência para o AL Previdência dos prédios de 304 escolas da rede pública estadual (na relação tem até escolas municipais) e joga uma “bomba” contra a educação pública e todas/os as/os profissionais da área.

O projeto em questão pretende destinar essas 304 escolas públicas estaduais para o “fundo garantidor previdenciário”, numa situação em que elas deixam, literalmente, de ser um patrimônio do Estado de Alagoas e do povo alagoano para ser tão somente um patrimônio do AL Previdência, “criando uma situação de risco muito complicada”, segundo o especialista em Educação, professor Milton Canuto de Almeida.

TRIBUNA HOJE

Foto: Assessoria