O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), expressou, nesta segunda-feira (16), preocupação com a segurança na posse dos parlamentares eleitos, prevista para 1º de fevereiro.

“Todo o incômodo do vandalismo que foi praticado ainda machuca muito. Todas as medidas estão sendo tomadas de maneira bastante rápida. A nossa preocupação agora é com a posse dos 513 deputados e 81 senadores, e seus familiares”, afirmou o deputado.

Além da posse dos parlamentares eleitos, está prevista para 1º de fevereiro a eleição das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A data também marca o início dos trabalhos do Poder Judiciário.

“Todo planejamento está sendo cuidado para que não haja nenhum tipo de surpresa. Estaremos tratando no início do ano do poder Judiciário, posse dos parlamentares, eleição das mesas do Congresso Nacional. Temos que ter clareza de que muitas pessoas vão se deslocar de muitos lugares do Brasil para Brasília. É importante que estejamos atentos com um plano de segurança muito efetivo”, ressaltou.

Responsabilização de envolvidos

Questionado sobre a investigação solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra três parlamentares acusados de incitar os ataques, Lira afirmou não ter visto “atos que corroborassem com inquéritos”.

Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR pediu investigação contra André Fernandes (PLL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Aiãpi (PL-AP) por publicações nas redes sociais que podem ser enquadradas como incitação à prática de crime.

“Não vi nenhum ato que corroborasse com o inquérito. Inclusive, ao que está posto, tem postagem de 6 meses anteriores ao fato. Se tiverem responsabilidade, todos vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentido dizendo que houve inverdades nas agressões que a Câmara sofreu no seu prédio”, afirmou.

O presidente da Câmara também foi questionado sobre o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na incitação aos atos antidemocráticos, promovidos por apoiadores do ex-mandatário.

“Cada um responde pelo o que faz. O meu CPF é um, o CPF de Bolsonaro é outro. Temos que ter calma neste momento, investigar todos os aspectos. E nossa fala não muda. Todos que praticaram e contribuíram com esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, disse.

Reforma

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou que vai reformar o 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Brasília. Essa unidade da PMDF fica na Esplanada dos Ministérios e é responsável pela segurança ostensiva dos prédios da Praça dos Três Poderes, na capital da República. Também é previsto um aumento de efetivo policial.

Esse batalhão da PM é responsável direto pela região do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio da Alvorada, edifícios invadidos e depredados por terroristas em 8 de janeiro.

GAZETAWEB \ Metrópoles

Rafaela Felicciano/Metrópoles