Começam nesta quarta-feira (18) os primeiros pagamentos de 2023 do Auxílio Brasil, que deve voltar a se chamar Bolsa Família. Ao todo, 555.463 famílias serão beneficiadas em Alagoas e, juntas, receberão R$ 340 milhões. A liberação dos recursos segue um calendário escalonado. Na passagem de dezembro para janeiro, 7.078 famílias foram incluídas no programa em Alagoas. O valor médio do benefício é de R$ 613,78.

Em Maceió está o maior contingente de beneficiários, com 99.501 famílias. Logo em seguida aparece Arapiraca, com 26.177 famílias e, em terceiro lugar, Palmeira dos Índios, com 16.160.

Para saber o dia em que irá receber o benefício, a família deve olhar o último dígito do NIS (Número de Identificação Social), impresso no cartão do titular. Para cada número, há uma data de pagamento diferente. Os pagamentos são disponibilizados na sequência de 1 a zero, durante os últimos dez dias úteis de cada mês. A exceção é durante o mês de dezembro, quando todos os pagamentos ocorrem até o dia 22.

As parcelas mensais ficam disponíveis para saque somente por 120 dias após a data indicada no calendário, e as famílias podem conferir o extrato de pagamento na “Mensagem do governo federal”, com o valor do benefício.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, o governo federal irá acelerar o recadastramento do Bolsa Família para garantir que em março as famílias com filhos de até seis anos possam receber o extra de R$ 150 por criança, que será somado ao piso de R$ 600 do programa. Segundo Dias, a ideia é fazer o pagamento extra em março “para aqueles e aquelas que têm segurança na atualização do cadastro”.

O valor pode ser sacado no Cartão do Cidadão, na agência da Caixa Econômica Federal ou em casas lotéricas. O dinheiro também pode ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem.

Dias também disse que a pasta encontrou 10 milhões de pessoas com “indícios de irregularidades” que deverão ser expulsos do programa quando o Cadastro Único de Programas Sociais for atualizado. Em 5 de janeiro, Dias tinha afirmado que a revisão do Cadastro Único, a base de dados sobre beneficiários do Auxílio Brasil, que o governo já chama de Bolsa Família, deveria ser concluída em até três meses.

A atualização do cadastro, destacou, é essencial para liberação do benefício adicional de R$ 150. “É preciso ter um sinal técnico para termos segurança [para esse pagamento]”, disse Dias na última quinta-feira (5), durante a posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Agora, porém, o cronograma foi acelerado. “Novo cartão a gente libera em fevereiro para pagamento em março já atualizado com R$ 150 para aqueles e aquelas que têm segurança na atualização do cadastro”.
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A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, afirmou na última quinta-feira (12) que suspendeu o crédito consignado do Auxílio Brasil e que o banco não tem como bancar as prováveis perdas decorrentes da inadimplência com essa modalidade de crédito liberada durante o período eleitoral por Jair Bolsonaro (PL).

“O banco não tem como arcar com isso”, disse Serrano. “Decidimos suspender essa modalidade por dois motivos. O primeiro é que o governo está revendo o cadastro. Então, não seria de bom tom [manter]. O segundo é que os juros são muito elevados para essa parcela da população.”

GAZETAWEB \ Hebert Borges

Júlio Dutra/ Min. Cidadania