Eleições com a participação de mais mulheres é um dos focos do novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Washington Luiz. Em entrevista ao programa Cidadã Informal, da Rádio Senado, na manhã dessa quinta-feira (19), o desembargador conversou sobra os planos de incentivar mulheres e minorias para o processo eleitoral.

“Procuraremos à frente do Tribunal promover a proximidade da Justiça Eleitoral com a sociedade, com a maior inclusão das minorias. A participação das mulheres na vida pública, inclusive eletiva, é muito importante e vamos dar mais atenção a isso, principalmente nas próximas eleições municipais, quando os ânimos estão mais acirrados”, afirmou o desembargador.

Washington Luiz comentou que já nos próximos dias deve promover a divulgação maciça de convocação para a participação das mulheres na política.

“No último pleito, Alagoas elegeu apenas seis mulheres para deputadas estaduais. Nenhuma deputada federal foi eleita no estado. E a realidade é que em Alagoas somos 2,3 milhões de eleitores, sendo que são 150 mil a 200 mil mulheres a mais do que homens votando. Então esses números precisam ser alterados”, comentou.

Para o presidente do TRE, a participação da mulher em qualquer segmento gera um trabalho realizado com mais atenção.

“A gente sabe que quando a mulher participa, as coisas acontecem com mais carinho e atenção. Vamos procurar desenvolver programas para incentivar maior participação das mulheres e também das minorias, como a comunidade LGBT e pessoas com deficiência. Precisamos que o nosso parlamento seja uma caixa de ressonância da nossa sociedade, com uma amostragem melhor”, opina o desembargador.

“Quando as minorias têm voz, aumentam as reivindicações e quem ganha é a sociedade”, continuou.

Washington Luiz elogiou a escolha do secretariado do atual governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), onde a participação das mulheres é mais evidente.

“Paulo Dantas está dando exemplo para o Brasil. Quando no primeiro momento assumiu o lugar de Renan Filho, escolheu mulheres para assumir a maioria do seu secretariado. Diziam que ele fazia aquilo para ganhar mais votos, mas está reeleito e continua com a mesma postura. Tenho a impressão que esse secretariado dá certo”, concluiu.

URNAS

Ainda na entrevista, o presidente do TRE lembrou da propagação de fake news que colocaram em dúvida a segurança das urnas eletrônicas usadas no processo eleitoral do Brasil.

“A confiança nas urnas eletrônicas foi colocada em dúvida e isso é objeto de programas institucionais de forma permanente. Fazendo uma breve cronologia dos fatos, o que constatamos é que as fake news surgiram em 2016, na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. De lá para cá a coisa se alargou não só no Brasil, mas em todo o mundo. Existem grupos que trabalham diuturnamente com o objetivo de disseminar informações falsas, que melhor se encaixe em suas teses”, opina o desembargador.

Por Thayanne Magalhães com Tribuna Independente

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