A agressão sofrida por um torcedor do CRB nesse domingo, quando teve o carro apedrejado por um integrantes de uma organizada do CSA, foi motivo de revolta entre os diretores e conselheiros do clube regatiano.

Presidente do CRB, Mário Marroquim conversou com o ge nesta segunda-feira e revelou que o clube pretende ajudar o torcedor alvo de vândalos no bairro de Mangabeiras.

– Estamos trabalhando para ajudar o rapaz. A própria diretoria já colocou no grupo do Conselho (Deliberativo) pra fazer uma vaquinha.

Marroquim também comentou a imprudência por parte da segurança pública de Alagoas em permitir a realização de eventos simultâneos envolvendo torcidas rivais.

– Mas acho um ato de irresponsabilidade colocar a nossa única alternativa de saída do Rei Pelé, num dia do jogo da Copa do Nordeste, pra fazer uma festa da Mancha Azul (organizada do CSA).

“Então é preciso ter responsabilidade com as famílias. Poderia ter tido casos piores, então fico muito triste com essa falta de consciência.”
Torcedor do CRB relata momentos de pânico durante agressão de organizada do CSA: “Se saísse do carro, eu morria”

O torcedor do CRB que foi vítima de agressão por parte de integrantes de uma torcida organizada do CSA relatou, em entrevista à TV Gazeta, os momentos de pânico que viveu nesse domingo.

– Quando cheguei em frente ao shopping, vi essa multidão de gente me agredir, quebrando o meu carro, batendo em mim… Eu fiquei aperreado, sem saber o que fazer, agoniado dentro do carro, sem poder sair. Se saísse, eu morria, e fiquei dentro do carro abaixado.

Francisco dos Santos, que é taxista, contou que o carro serve para sustento da família e disse que não sabe como será o futuro.

– Eles destruíram meu carro todo. O único patrimônio que tenho para trabalhar, pra dar de comer a minha família é aquele carro. Agora estou aqui de pé, com um carro emprestado para trazer o meu neto ao médico e não sei o que vai ser daqui pra frente – lamentou, dizendo que o veículo é financiado.

– O carro pra pagar, devo a metade do carro, o banco não quer saber se você está doente ou com o carro quebrado. Ele (banco) quer receber. E como é que vou trabalhar?

ALAGOAS ALERTA \ *GE

(Imagem: Denison Roma/GE)