CRB e CSA devem lucrar bastante nos próximos anos. Após a assinatura do acordo de R$ 4,85 bilhões por participação de 20% sobre uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), os clubes da Liga Forte Futebol (LFF) correm para ter a aprovação dos conselhos deliberativos de todos os envolvidos, e selar de vez esta venda dos direitos do novo Campeonato Brasileiro. Existe a expectativa que esta etapa seja concluída até abril. A duração prevista para o acordo é de 50 anos. Para que esses valores sejam válidos, é necessária a entrada de pelo menos 36 clubes no pacote, que hoje só possui 26 e tenta sensibilizar os outros clubes da chama Libra (Liga de Futebol do Brasil).

“Essa assinatura é histórica dentro do futebol brasileiro. O CRB fica muito feliz, pois estivemos com todos os outros 25 clubes e firmamos esse termo que dará, com certeza, uma condição financeira melhor aos clubes do Brasil”, explicou o presidente Mário Marroquim.

Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória são os 18 clubes da Libra.

ABC, Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque*, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA*, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico*, Operário*, Sport, Tombense e Vila Nova são os 26 da LFF.
Os times estão em dois grupos separados por não entrar em consenso sobre a divisão de receitas. Os que estão na Libra aceitam uma diferença maior entre o que mais recebe e o que menos recebe, enquanto os da LFF pregam uma divisão com menos distância.

O estatuto inicial da Libra previa a divisão de 40% da receita dividida igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de variável por performance e 30% por engajamento.

O Futebol Forte se espelha em ligas europeias e quer uma divisão diferente: 45% divididos de forma igualitária, 30% sobre performance e 25% por apelo comercial. O grupo entende que a diferença máxima de receita entre os clubes não deve ultrapassar 3,5x.

A Libra, inclusive, avançou nas negociações com o Mubadala Capital, fundo ligado ao governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU). A LFF, por outro lado, aceitou a proposta inicial de um fundo de investimento americano e espera concluir as negociações até o fim de março de 2023. Ambos os lados indicam que as respectivas propostas buscam o todo, mas não serão descartadas se forem só para um bloco.

Por Tribuna Independente

Foto: Assessoria