O grupo político do MDB, liderado pelo senador Renan Calheiros, que é presidente estadual da legenda, tem dado mostras de organização para o contra-ataque ao prefeito de Maceió, JHC. Uma das iniciativas é retornar o Kelmann Vieira (Podemos), atual secretário de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), à Câmara de Vereadores, de onde está licenciado.

O retorno de Kelmann Veira, que já presidiu a Câmara de Maceió em duas oportunidades, é para fortalecer a oposição ao prefeito JHC. O gestor da capital alagoana tem conseguido um excelente trânsito com os vereadores, sobretudo com os parlamentares filiados ao MDB. Neste cenário político no Legislativo, a oposição a JHC é considerada quase inexistente.

À reportagem da Tribuna Independente, Kelmann Vieira se limitou a dizer que é está sempre pronto para qualquer missão que seja dada pelo governador Paulo Dantas (MDB).

“Ainda não tem nada concretizado, está em tratativas sobre o assunto. Mas pediu para reiterar que está pronto para qualquer missão que o governador venha a dar para ele”, informou a assessoria do secretário de Estado.

Em caso de retorno de Kelmann Vieira à Câmara de Vereadores, quem deixa o parlamento e volta à condição de suplente é Alan Balbino (PSD), que continua exercendo o cargo. Balbino, atualmente, compõe a base aliada do prefeito JHC.

Conforme publicado edição de quinta-feira (4), da Tribuna, JHC mantém atualmente quase unanimidade na Câmara Municipal de Maceió. O líder da bancada, Chico Filho, considerou apenas Joaozinho e Gabi Ronalsa na oposição, e Teca Nelma como independente.

“Nós temos praticamente a unanimidade da Câmara. Só o vereador Joãozinho e a vereadora Gabi Ronalsa não participam diretamente da bancada. Os demais vereadores participam. Vereadora Teca também não se coloca como oposição, mas sim como independente. Temos uma excelente relação com os dois vereadores [da oposição] e os demais vereadores todos eles fazem parte da bancada do prefeito. Está tudo muito bem alinhado muito bem desenhado”, comentou o líder em contato com a reportagem da Tribuna.

De olho no pleito de 2024, e com a divulgação de uma pesquisa que coloca o atual prefeito de Maceió como líder isolado que poderia vencer no 1º turno, as movimentações começam a ficar mais incisivas. O anúncio de Adeilson Bezerra como presidente do Solidariedade, feito essa semana, veio carregado de críticas ao prefeito e com a promessa de fazer bloco com o MDB para fazer o enfrentamento nas eleições municipais.

Kelmann, que num passado recente comandou a casa, traz a expectativa de embaralhar o meio de campo e afetar esse alto desempenho do chefe do executivo entre os vereadores.

TRIBUNA HOJ

Foto: Reprodução