Nessa terça-feira (16), empregados do Sesc e do Senac Alagoas participaram de uma manifestação pacífica contra um possível desvio de 5% dos recursos das duas instituições para a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).

Vestidos de preto, funcionários do Sesc em todo o estado se reuniram, às 15h, na frente das unidades Sesc Poço, Sesc Arapiraca, Sesc Ler Palmeira dos Índios e Sesc Ler Teotônio Vilela para pedir o apoio da população. A mobilização objetiva a revogação de dois artigos (11 e 12 do PLV nº 09/2023) que estão em análise no Senado e que visam o corte de verbas das duas entidades do Sistema S.

Os atos públicos em defesa do Sesc e do Senac foram realizados simultaneamente, nesta terça-feira, por todo o país. Em Maceió, além de participarem da manifestação durante a tarde, empregados das duas instituições compareceram ao comércio da cidade, pela manhã, a fim de coletarem assinaturas para o abaixo-assinado que já conta com mais de 600 mil adesões.

“Nós estamos mostrando para todo o Brasil, por meio do empenho de todas as casas, do Sesc, do Senac, das federações e sindicatos, o quanto o Sistema S é forte, a fim de mobilizar não só empregados e dirigentes, mas também toda a sociedade em prol das nossas entidades.”, disse o Diretor Regional em exercício do Sesc Alagoas, Carlos Alberto Pessoa.

Assim como Carlos Alberto Pessoa, o Diretor Regional em exercício do Senac Alagoas, Antônio Gonzaga, falou sobre o ato de hoje e fez um pedido à população. “A gente pede para aqueles que têm apreço pelo Senac e pelo Sesc para aderir ao abaixo-assinado e contribuir para chegarmos a 1 milhão de assinaturas, que é o nosso objetivo. A população que realmente conhece o sistema, que conhece os serviços prestados por essas instituições é defensora dessa causa.”.

De acordo com uma estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio), essa diminuição no orçamento das duas entidades pode resultar no encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras. No caso do Sesc, estima-se ainda que o corte de verbas levaria à redução de 2,6 milhões de quilos de alimentos distribuídos pelo programa Mesa Brasil, e na exclusão de aproximadamente 2.000 postos de trabalho.

“Através do Sesc e do Mesa Brasil nós recebemos uma contribuição que faz total diferença em cada lar no lugar que atendemos, que fica em uma parte da periferia de Maceió. Se vocês forem lá vão ver a atuação do Mesa Brasil e a sua importância, e eu estou aqui pra somar nessa causa.” afirmou Rejane Davino, presidente do Centro Afro Cultural Gifa Lomi, ONG localizada no bairro do Tabuleiro dos Martins, em Maceió, e atendida pelo Mesa Brasil Sesc em Alagoas.

Para aqueles que desejarem aderir ao abaixo-assinado contra o desvio de 5% dos recursos do Sesc e do Senac para a Embratur, o documento se encontra disponível no link: https://peticaopublica.com.br.

TRIBUNA HOJE

Foto: Assessoria