Apenas três semanas depois de anunciar a formação da aliança com Arthur Lira, Alfredo Gaspar de Mendonça e Davi Davino Filho, o prefeito começou a perder força, a sofrer baixas, onde menos esperava – na Câmara de Vereadores.

A aliança costurada por JHC com Arthur Lira prometia trouxe mais força política na esfera estadual e criou uma “blindagem” para o prefeito na esfera federal.

Ao trazer para sua equipe nomes indicados por Arthur Lira, Alfredo Gaspar de Mendonça, Fábio Costa e Davi Davino Filho, o prefeito ganhou num primeiro momento força em todo o Estado e sinalizava a consolidação de uma forte base de apoio na Câmara de Vereadores de Maceió. Pelas estimativas do próprio JHC, dos 25 vereadores, apenas dois (Joãozinho Gabriel e Gabi Ronalsa) fariam oposição.

Apenas três semanas depois de anunciar a formação da aliança com Arthur Lira, Alfredo Gaspar de Mendonça e Davi Davino Filho, JHC começou a perder força, a sofrer baixas, onde menos esperava – na Câmara de Vereadores.

Na sexta-feira (19/5) Zé Márcio entregou a Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura (SEMAPA). O pedido de exoneração veio após uma conversa com o governador Paulo Dantas e é a senha para o vereador Zé Márcio Filho (Pode) vá para a oposição.

E não só ele. Entre segunda e terça dessa (15 e 16) dois vereadores do PSD utilizaram críticas ao patrocínio da prefeitura para a escola de Samba Beija-Flor do Rio de Janeiro, para sinalizar que também estão virando a chave para a oposição. Teca Nelma e Alan Balbino, ambos do PSD, por razões diferentes devem formar na bancada contra o prefeito, mas eram considerados de situação até dias antes.

“Nossa expectativa é que a partir do trabalho que está sendo realizado pelo governador Paulo Dantas com articulação do ex-deputado Davi Maia, os vereadores Brivaldo Marques e Fernando Holanda, MDB, também passem a integrar a bancada de oposição”, aponta um influente interlocutor.

Não é só. A expectativa é que o grupo ganhe, ainda, adesão de outros vereadores, a exemplo de Olívia Tenório (MDB) e Valmir de Melo (PT).

“Na na medida em o pessoal do Palácio dos Palmares tem conseguido convencer alguns vereadores, outros dão sinais de que também podem ceder e ir para a oposição”, aponta o interlocutor,

Davi Maia não esconde de ninguém que seu objetivo é fechar um grupo de oposição com no mínimo 9 vereadores, número que seria suficiente para dar dor de cabeça ao prefeito e sua equipe, inclusive para abrir uma CEI (CPI) para investigar vários contratos da prefeitura.

A partir da ação de Maia e outros articuladores, a expectativa do governador Paulo Dantas é tirar o prefeito da “zona de conforto”. Se isso acontecer, o próximo passo será trabalhar um nome para ser candidato de oposição a JHC pelo MDB no próximo ano. Mas essa é outra história.

JORNAL DE ALAGOAS \ Por Blog de Edivaldo Junior

Foto: Reprodução