O reajuste da passagem do transporte público de Maceió não deve impactar no salário do trabalhador que utiliza o cartão na modalidade vale-transporte (aquele fornecido pelas empresas), como garantiu o diretor-presidente do Departamento Municipal de Transporte e Trânsito (DMTT), André Costa, em entrevista à Rádio MIX, na manhã desta terça-feira (30).

Ele esclareceu que o valor de R$ 4,00, na prática, somente será aplicado nesta modalidade, mas o reflexo será apenas para o empregador – ainda assim mínimo – mensalmente.

“Para o trabalhador que tem o cartão de vale-transporte, não muda nada porque ele tem o desconto de 6% nos salários referente ao transporte. O desconto só será alterado quando a remuneração mudar. Para o empregador, por outro lado, será R$ 28 apenas por cada trabalhador”, explicou.

Costa frisou que o valor da tarifa de ônibus na capital tem o menor comprometimento do salário mínimo na série histórica da capital. “Se o trabalhador comprar duas passagens – de ida e volta – o montante compromete, apenas, 11%. No valor antigo, em comparação com o valor do mínimo, o comprometimento chegava a 13%. Ou seja, conseguimos baixar esse percentual”.

Ele acrescentou que os usuários do cartão Vamu Cidadão vão ter um desconto de R$ 0,51 na passagem. Isso se deu após um acordo da Prefeitura com as empresas que integram o sistema de transporte integrado. Para estes passageiros, a tarifa custará R$ 3,49 (aumento de R$ 0,14).

“Com este preço, conseguimos manter a passagem de ônibus em Maceió como a mais barata entre as capitais do Brasil. E ainda é mais baixa do que o índice cobrado no início da gestão, que estava em R$ 3,65. Rio Branco, por exemplo, tem tarifa de R$ 3,50, mas a qualidade do sistema na cidade é muito inferior à nossa”, analisa o diretor-presidente.

Ele citou os avanços da gestão para o transporte coletivo de Maceió, com 83 ônibus climatizados (geladões), a implantação do programa Domingo é Livre (isentando os passageiros do pagamento da passagem aos domingos), o Passe-Livre Estudantil (agregando mais 20 mil estudantes no sistema), a integração entre linhas e ampliações de binários para melhorias do fluxo.

O diretor afirmou que estas medidas estão sendo possíveis pelo equilíbrio no contrato do sistema de integração. A prefeitura tem pago subsídios para as empresas, aliviando os impactos financeiros sobre o setor.

GAZETAWEB \ Thiago Gomes

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