A companhia distribuidora de gás natural de Alagoas (Algás) isolou mais de mil metros de tubulação de gás que passa por dentro da área de risco da Braskem, para evitar qualquer possiblidade de acidente ou explosão. A informação foi confirmada pelo presidente da Algás, Ediberto Omena.

Segundo ele, os técnicos da companhia fecharam as válvulas da tubulação, isolando a passagem de gás na região do Mutange, por medida de precaução. A medida foi tomada no dia 29 de novembro, logo depois que a Defesa Civil de Maceió confirmou o colapso na mina 18 da Braskem.

Em nota encaminhada à reportagem da Tribuna Independente, na quinta-feira (7), a Algás confirmou que a tubulação de gás passa pela unidade da Braskem no bairro do Mutange, onde a mina 18 encontra-se em colapso, mas garantiu que a situação está sob controle e que não há risco iminente para a população.

“A Algás tem monitorado a situação do bairro do Pinheiro e está contato permanente com a Defesa Civil. Tão logo cientificada dos fatos recentes, a concessionária colocou em ação o seu plano de contingenciamento, garantido que a tubulação da Algás existente na localidade não ofereça risco à população. Até o momento não há restrições de fornecimento de gás aos usuários. Nosso plantão 24 horas está disponível pelo número 117”, afirmou a Algás, por meio da sua assessoria de comunicação.

De acordo com o engenheiro Edson Barreto, diretor técnico da Algás, apesar do problema da subsidência do solo nos bairros atingidos pela mineração, a companhia não precisou suspender o fornecimento de gás natural para nenhum de seus 60 mil clientes, entre eles a Braskem. “Por enquanto, estamos funcionamento normalmente e o fornecimento de gás natural não sofreu alteração”, afirmou Barreto.

SEGURANÇA

Mesmo assim, para evitar qualquer acidente, a direção da Algás providenciou um plano de contingenciamento e mantém um plantão permanente, monitorando 24 horas por dia toda a tubulação de gás natural instalada em Maceió.

“A partir da situação descrita pela Defesa Civil até então, tomamos as medidas necessárias para evitar qualquer problema. Por isso, estamos tranquilizando nossos clientes e garantindo o fornecimento de gás, com toda a segurança”, enfatizou Barreto.

Ele negou que a Algás tenha reduzido pela metade a pressão do gás natural que é fornecido aos usuários. “Não houve nada disso, apenas isolamos a tubulação que passa pelo Mutange, mas não houve suspensão do fornecimento de gás para a nossa clientela”, acrescentou.

Apesar de mostrar a preocupação com as consequências do colapso da mina 18 de Braskem, a companhia não fez nenhuma postagem nas redes sociais, informando ao público as medidas de segurança.

Por Ricardo Rodrigues – colaborador / Tribuna Independente

Foto: Edilson Omena