Em 2015, nos Estados Unidos, Gypsy Rose Blanchard, com a colaboração do namorado Nicholas Godejohn, executou um plano para assassinar sua mãe, Clauddine Blanchard, após anos de abusos e tratamentos médicos desnecessários. Após cumprir sete dos 10 anos de prisão a que foi condenada, Gypsy Rose foi libertada, reacendendo o interesse na Síndrome de Münchhausen. O Lifestyle ao Minuto conversou com a psiquiatra Maria Moreno para esclarecer dúvidas sobre essa condição.

A Síndrome de Münchhausen envolve inventar sintomas, provocar lesões e submeter-se a procedimentos médicos sem necessidade, buscando chamar a atenção. A psiquiatra destaca as diferenças entre a Síndrome de Münchhausen e a hipocondria, explicando que na primeira, os sintomas são produzidos intencionalmente, enquanto na segunda há um medo dos sintomas que surgem involuntariamente.

Há também a Síndrome de Münchhausen por procuração, em que o cuidador induz sintomas na vítima para chamar a atenção. Esses comportamentos não se limitam a pais e filhos, podendo ocorrer em qualquer relação próxima que envolva cuidado.

As possíveis causas desses distúrbios incluem a necessidade de atenção devido ao sofrimento emocional. Pessoas com dificuldade em lidar com o estresse podem recorrer a criar sintomas fictícios para buscar compaixão. Identificar alguém com esse problema é desafiador, e o tratamento envolve psicoterapia e cuidados médicos.

A psiquiatra destaca a importância de estar alerta para evitar abusos, sendo esse comportamento considerado uma forma de abuso quando afeta outras pessoas. Embora seja um diagnóstico raro em Portugal, é crucial estar atento. O caso de Gypsy Rose Blanchard é mencionado como um exemplo extremo, destacando a importância de identificar e apoiar vítimas para prevenir desfechos trágicos.

Por Notícias ao Minuto Brasil

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