A demora no tempo-resposta da Equatorial para atender aos chamados da população e a falta de ressarcimento dos prejuízos causados pela queima de eletrodomésticos em decorrência da falta frequente de energia e/ou oscilação constante no fornecimento de energia foram as principais queixas das lideranças comunitárias de Maceió durante reunião com a Equatorial.

O encontro aconteceu, na tarde de ontem, na sede da Equatorial a convite da própria empresa de energia. O evento inédito e batizado de 1º Giro Equatorial – Edição Líderes Comunitários teve como objetivo promover a troca de conhecimentos e experiências entre a Distribuidora e lideranças comunitárias da capital.

O líder comunitário Antônio Domingos dos Santos, o Sassá, do Flexal, foi à reunião. Ele representa aproximadamente 3.300 pessoas. De acordo com ele, a comunidade amarga, por longas horas, os prejuízos causados pela falta de energia ou pelas bruscas interrupções no fornecimento.
Um dos presentes era o líder comunitário Edvaldo Carlos, do Benedito Bentes II. Ele representa cerca de duas mil pessoas, todas moradoras dos conjuntos Bela Vista I, Bela Vista II, Conjunto Luís Renato de Paiva e Frei Damião e reclamou muito da demora entre a Equatorial ser comunicada da falta de energia, por exemplo, até o atendimento ser iniciado.

“Quando falta energia e a gente avisa as equipes só aparecem cerca de três, quatro horas depois. Cada morador se vira como pode, armazena os alimentos em caixas térmicas, compra gelo. É muito transtorno.

Às lideranças comunitárias, a Equatorial repassou informações sobre os riscos e os perigos das ligações clandestinas, prestou orientações sobre a tarifa social baixa renda e explicou sobre o uso dos canais de atendimento digitais para solicitações de serviços e abertura de chamados.
Segundo a Equatorial, 70 mil residências estão inscritas no Tarifa Social em Maceió. No Estado, são 200 mil. A quantidade só não é maior porque muitos consumidores não sabem que tem direito.

Quem está cadastrado na tarifa social de baixa renda recebe descontos que podem chegar a 65% na tarifa de energia elétrica.

Para ter direito ao benefício, as famílias deverão atender a um dos seguintes requisitos: ser inscrito no CadÚnico, com renda familiar de até meio salário mínimo, por pessoa; ser idoso ou deficiente que recebe o Benefício da Prestação Continuada (BPC), com renda mensal por pessoa, inferior a um quarto do salário mínimo; famílias que possuem membros com qualquer tipo de deficiência.

Sobre as reclamações, a Equatorial não se pronunciou até o fechamento desta edição.

Por Valdete Calheiros – colaboradora / Tribuna Independente
Foto: Edilson Omena