Os presos que estão recolhidos na Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, protestaram, na manhã desta quarta-feira (5), contra a falta de alimentação e limpeza no local. As empresas que realizavam esses serviços suspenderam as atividade, supostamente, por falta de pagamento. Um advogado chegou a comprar comida e a levar para os detentos. No local, encontram-se detidos 16 presos.

De acordo com um agente da Polícia Civil, que não quis se identificar, os familiares e advogados não receberam autorização para levar comida para os presos. Segundo ele, a situação já foi comunicada à Delegacia Geral, que deve buscar uma solução para o problema.

“A situação lá em cima, onde ficam os presos, está uma bagaceira mesmo”, disse um agente que saiu da delegacia para comprar lanche para ele mesmo.

A Gazetaweb esteve no local e pode ouvir gritos de revolta dos presos. A reportagem também flagrou o advogado Geoberto Luna levando pão com refrigerante para os detidos na Central. Ele conseguiu ter acesso às celas e fez a entrega do material.

A filha de uma detenta de 62 anos, que se encontra presa na Central, diz que a situação é difícil, que a mãe não come desde ontem e que pediu uma roupa pra trocar. A detenta é de São Luzia do Norte. Ela diz que a mãe sofre com problemas de saúde e que foi presa após jogar pedra na viatura da polícia, para evitar que dois filhos que brigavam fossem presos.

A Gazetaweb entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, que confirmou o problema, afirmando que um recurso impetrado atrasou o curso da licitação das novas empresas que prestarão os serviços, mas que, com auxílio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a situação foi superada e o contrato está apto para homologação e assinatura.

Confira nota da PC

“Houve licitação, mas como ocorreu demanda judicial (recursos) isso atrasou a contratação. Porém, a situação judicial foi superada com o auxílio da PGE e o processo licitatório foi finalizado, e já se encontra apto para homologação e assinatura do contrato”.

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