O Deputado Federal João Henrique Caldas (PSB/AL), suspendeu agenda em Brasília, e esteve no Bairro do Pinheiro, a convite da organização SOS Pinheiro, que representa os moradores afetados pelo fenômeno ainda sem explicação, que provocou rachaduras e tremores na região.
Durante a visita e reunião com os moradores, o deputado ouviu reclamações diversas, desde a falta de estrutura da defesa civil, a burocracia para liberar o aluguel social para as famílias que não podem ficar em suas residências, a falta de acompanhamento e alternativas da gestão pública, até mesmo da ausência dos gestores municipais no bairro.
Menos discursos
Para o deputado, às famílias do Pinheiro e adjacências precisam de atenção, guarita e um plano imediato do poder público que garantam a sua moradia e qualidade de vida, pois além dos transtornos, a população ainda sofre com todos os problemas de ordem social e financeiros.
“Os moradores daquela região precisam muito mais do que reuniões de autoridades e falações. O Bairro do Pinheiro não é palanque para se fazer política, o problema é sério e os moradores precisam de menos discursos e mais solução”, afirmou JHC.
Famílias deixam suas casas
A Defesa Civil divulgou que, dentro da área vermelha, com risco muito alto de acomodação do solo, estão 1.824 pessoas em 493 residências. Na área laranja, de risco alto, estão 4.285 pessoas em 1.158 residências. Na amarela, de risco médio, estão 1.203 pessoas em 325 residências. Na área apontada como de baixo risco, foram registradas 12.787 pessoas em 3.456 residências. No total, o problema atinge direta e indiretamente 20.099 pessoas em 5.432 residências.
Ocupações irregulares
Outro problema evidenciado, é que os imóveis que estão sendo desocupados, pelo risco de desabamento, devido às rachaduras, ficam sem nenhuma segurança ou plano que possa garantir a não ocupação do imóvel, ficando suscetível ao fenômeno da ocupação irregular, podendo ocasionar, inclusive, um bolsão de miséria na localidade.
Mais ação
Para a reportagem, JHC disse que cada órgão deve agir de imediato, de acordo com a respectiva competência, que não adianta querer oferecer soluções mágicas e midiáticas, e que dentro do seu papel de fiscalizar e legislar, mesmo antes do problema aparecer, já havia cobrado medidas não apenas para o Bairro do Pinheiro como também para outras regiões.
“Mediante os tremores e as sequentes rachaduras que tem afetado aquela região, temos buscado informações para subsidiar nossas ações. De imediato acionamos a Agência Nacional de Mineração (ANM) que é responsável pela regulação e fiscalização do setor de mineração, no sentido de que ela apure o possível envolvimento da Braskem nesses tremores de terra”, completou JHC.
CADA MINUTO