Para a Prefeitura de Maceió e as principais autoridades do Serviço Geológico do Brasil (SGR), da Agência Nacional de Mineração (AGN), Coordenações estadual e Municipal de Defesa Civil, o bairro do Pinheiro está condenado. A maioria dos moradores das áreas vermelhas já saiu. Agora, os moradores das áreas amarela e laranja têm que sair o quanto antes. O objetivo é evitar uma tragédia que resulte em mortes.

A cada dia os estudos e pesquisas parciais confirmam a gravidade da falha geológica na localidade. Neste domingo, subsecretário municipal de Defesa Civil, Dinário Lemos, viaja para Brasília, onde encaminhará para o governo federal o pleito de recursos para a construção de um novo bairro. O nova região terá que ter condições para abrigar, inicialmente, 10 mil famílias que hoje residem nos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e a localidade conhecida como Ladeira do Calmon.

“Não dá mais para ficar adotando medidas paliativas”, explicou Dário Lemos com bases em relatórios parciais apresentados na última quinta feira, em Brasília, pelos técnicos da AGN e SGR. A Defesa Civil Estadual também dispõe de informações sobre a gravidade. “Os estudos apresentados em Brasília indicam que todo o bairro do Pinheiro é área vermelha”, disse o coronel Moisés Melo, da Defesa Civil Estadual.

Na segunda feira (25), a prefeitura recebe mais R$ 14 milhões para destinar as famílias cadastradas. Paralelamente, começa o cadastramento dos moradores das áreas “Amarela e Laranja”. Na terça- feira, terá uma força tarefa no bairro para atender e cadastrar moradores das novas áreas que tem de ser desocupadas.

“O bairro precisa de socorro. As famílias estão vendo suas histórias acabando. Cadê as políticas públicas que prometeram? Cade o gerenciamento do Governo Federal para que a gente possa oferecer alternativas, como a construção de um novo conjunto habitacional para os moradores que já saíram? Não adianta só a conclusão dos estudos geológicos determinados pelo governo federal temos que encaminhar agora as soluções”, cobrou, emocionado Dinário Lemos.

A nova área habitacional, na avaliação do o subsecretário de Defesa Civil, não pode ser em áreas distantes, como no Benedito Bentes ou Tabuleiro do Martins. “Tem quer ser próximo ao centro de Maceió como está localizado o Pinheiro”, defendeu.

A partir desta segunda feira, Dinário defende em Brasília a construção do novo bairro para abrigar, inicialmente, 10 mil famílias coim imóveis de boa qualidade. “Este novo bairro é para atender famílias da classe média e aquelas outras que moram nas encostas do Mutange, na localidade da Borracheira, Gruta do Padre até a Ladeira do Calmon”. Segundo o subsecretário, nas comunidades mais pobres as pessoas não têm documentação dos imóveis e também não podem continuar naquela área.

O novo Pinheiro, de acordo com Dinário Lemos, terá que ter toda a infraestrutura como as do Pinheiro: escolas, hospitais, áreas de livre comércio, praças esportivas, áreas de laser entre outros equipamentos urbanos consorciados com sistema de transporte e de coleta de lixo. “Os moradores destas áreas que estão praticamente condenados precisam retomar, com dignidade, suas vidas numa área perto de Maceió”, defendeu Dinário.

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