Os resultados preliminares das buscas e apreensões da Operação Sufrágio Ostentação, deflagrada nesta segunda-feira (29) pela Polícia Federal, levam a crer que os valores declarados pelo PSL de Minas Gerais durante a campanha eleitoral do ano passado não foram totalmente aplicados nas candidaturas do partido. A informação foi repassada ao blog por investigadores que atuam no caso.

Como o blog mostrou, policiais envolvidos na operação cumpriram mandados de busca e apreensão em gráficas e na sede do PSL de Minas Gerais em busca de provas de que os serviços declarados à justiça pelo partido não foram efetivamente prestados durante a campanha eleitoral de 2018.

Segundo a Polícia Federal, algumas candidatas do PSL declararam gastos de até R$ 380 por voto, valor muito acima da média de R$ 10 por voto. A suspeita da polícia é de que houve fraude no repasse, por parte do PSL mineiro, de recursos para cumprir a cota feminina exigida por lei. De acordo com a investigação, as candidatas teriam devolvido os valores recebidos do PSL.

Durante as eleições de 2018, o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ocupava o cargo de presidente do diretório regional do PSL de Minas. Ele não foi alvo da operação da PF nesta segunda (29) e nega envolvimento no caso.

Em nota, o ministro voltou a dizer que o partido “seguiu rigorosamente o que determina a legislação eleitoral”. Ele afirmou ainda que segue à disposição da Polícia Federal para prestar todas as informações necessárias.

“O que vem me atingindo há cerca de 3 meses é resultado de uma disputa política local, cujos interesses são prejudicados com minha presença no Ministério do Turismo”, completa o ministro.

Marcelo Álvaro Antônio afirmou ainda no comunicado que já entregou ao Ministério Público de Minas Gerais as supostas provas das verdadeiras motivações das supostas denúncias. “Sigo confiante de que a verdade prevalecerá.”

Fonte: G1