Os furúnculos são abscessos na pele causados por infecções bacterianas que causam acúmulo de pus. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), o furúnculo aparece na pele como um caroço vermelho e endurecido, quente e doloroso.

O dermatologista Caio Lamunier, do Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFM-USP), afirma que essa infecção ocorre porque a bactéria consegue penetrar em camadas mais profundas, geralmente por meio de microtraumas da pele por conta de atritos. “Os furúnculos costumam aparecer em áreas de trauma, como nádegas e virilha, que são submetidos a fricção por calças apertadas, por exemplo”, afirma.

De acordo com Lamunier, o furúnculo pode ser causado pela infecção de uma bactéria chamada Staphylococcus aureus, que pode ser encontrada na pele, e pode ter maior potencial patogênico. O dermatologista explica que, geralmente, os furúnculos, quando mais superficiais, podem se curar sozinhos em poucos dias e que, com compressas quentes e limpeza adequada do local, o processo pode ser melhor.

O tratamento para o furúnculo consiste no uso de antibióticos e pomadas, que podem ter ação antibiótica. Em casos de lesões mais profundas, é necessário drenar o furúnculo para retirar o pus do local, já que o antibiótico não consegue agir no abscesso. Após a drenagem, nessas lesões, é necessário utilizar antibiótico para eliminar a bactéria do local.

De acordo com a dermatologista Bárbara Carneiro, da ABME (Associação Brasileira de Medicina Estética), pessoas com imunidade mais baixa, como diabéticos e portadores de HIV, pessoas obesas e que sofrem com desnutrição podem ser mais propensas a ter furúnculos.

Para evitar o problema, Bárbara afirma que é importante fazer a limpeza adequada da pele, sempre lavar as mãos, usar sempre toalhas limpas e que roupas íntimas e roupa de cama sejam trocadas de forma frequente.

Embora sejam parecidos, Lamunier afirma que furúnculos e espinhas são problemas diferentes. Enquanto o furúnculo é causado por uma infecção bacteriana, a espinha é uma inflamação de estruturas da pele. Entretanto, o dermatologista afirma que uma espinha pode infeccionar e pode se tranformar em um furúnculo.

Outra diferença é entre o furúnculo e o cisto. O dermatologista explica que o cisto trata-se de um tumor encapsulado que produz sebo e, que se contrair uma infecção, pode evoluir e se transformar em um furúnculo, precisando de um tratamento cirúrgico.

Lamunier afirma que o furúnculo não deve ser espremido, correndo o risco de piorar o problema. “Espremer o furúnculo empurra o pus para baixo, levando as bactérias para mais fundo da pele e, se chegar a outros tecidos e à corrente sanguínea, pode provocar infecções mais graves, como a sepse e até levar à morte”, finaliza.

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