Em crise com o PSL, o deputado Alexandre Frota (SP) não votou a favor da reforma da Previdência em segundo turno. Na madrugada desta quarta-feira, a proposta foi aprovada por 370 votos a favor, 124 contra e uma abstenção. O único deputado presente que marcou “abstenção” foi Frota.

A favor da reforma, Frota chegou a ser o coordenador do PSL na comissão especial que analisou a Previdência. Ele organizou grupo nas redes sociais com técnicos do Ministério da Economia e deputados para tirar dúvidas e esclarecer pontos do texto.

Durante as discussões do primeiro turno, Frota se empenhou para mobilizar parlamentares a favor da reforma, virar votos e tentar blindar o ministro da Economia, Paulo Guedes, de críticas.

A equipe econômica credita a Frota, inclusive, o termo “poupança garantida”, usada pelo governo como uma forma de suavizar a “capitalização” ? principal bandeira do ministro da Economia, Paulo Guedes, e que voltará a ser discutida neste semestre. Pela capitalização, cada trabalhador contribui para sua própria aposentadoria.

Com presença frequente nas redes sociais, Frota ainda não explicou porque decidiu se abster, mas compartilhou reportagens com o resultado da votação da reforma.

Cabo eleitoral dos mais dedicados ao presidente Jair Bolsonaro no ano passado, Frota está sob ameaça de expulsão do PSL graças a um pedido que a correligionária Carla Zambelli (SP) quer apresentar ao partido. O argumento da deputada é que Frota tem demonstrado estar cada vez mais alinhado ao PSDB.

Frota passou a criticar publicamente as ações do governo e a postura da bancada do PSL no Congresso.

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