Segundo maior município de Alagoas, Arapiraca – com seus mais de 230 mil habitantes – tem papel estratégico na política estadual. Qualquer um que pensa em se eleger governador ou senador no Estado precisa ter um ‘pé’ na ‘capital do agreste’.

Por lá as articulações para 2020 – e que terão desdobramentos importantes em 2022 – estão avançadas.

O grupo do atual prefeito enfrenta dificuldades por conta da avaliação negativa da gestão. Ainda assim Rogério Teófilo (PSDB) tem dado sinais de que pretende disputar a reeleição ou lançar um nome para chamar de seu.

O grupo do vice-governador Luciano Barbosa (MDB), que já foi prefeito no município, deve lançar o deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB), que perdeu por poucos votos (apenas 259) contra Teófilo em 2016.

Considerada decisiva para a eleição de Rogério, a atual vice-prefeita de Arapiraca, surge como a maior novidade para as próximas eleições.

Fabiana Pessoa (Republicanos), rompeu com a gestão do atual prefeito desde o início de 2018, num episódio que ficou conhecido como a ‘traição’ de Teófilo ao grupo do deputado federal Severino Pessoa (Republicanos).

Apostando num discurso de renovação e focada numa proposta de uma gestão mais eficiente, Fabiana é pré-candidata a prefeita de Arapiraca. E larga bem. Ela já conseguiu reunir o apoio de Severino Pessoa e do senador Fernando Collor (PROS).

A expectativa, agora, é que Fabiana siga ampliando a aliança que poderá levá-la a assumir a prefeitura em 2020.

O fato de ser mulher e de trabalhar para resgatar o legado de importantes líderes femininas na política do agreste, a exemplo de Ceci Cunha e Célia Rocha, ajuda Fabiana na interlocução com lideranças locais e estaduais.

Outra vantagem de Fabiana é o fato de ser menos conhecida do que os outros dois pré-candidatos aqui citados (Nezinho e Teófilo), além de ter ‘descolado’ sua imagem não só da gestão do atual prefeito, mas também do governo do Estado.

A eleição de 2020 em Arapiraca promete ser de muitas emoções e pode ser decidida mais uma vez por poucos votos. Mas essa é outra história.

BLOG DO EDIVALDO JUNIOR