14 de Novembro é o Dia Mundial do Diabetes desde 1991, por iniciativa da Organização Mundial da Saúde. A data, que também é um evento oficial da ONU desde 2006, conta com campanhas ao redor do planeta para a conscientização a respeito do diabetes e as formas de prevenção da doença. Afinal, uma das maiores armas para combatê-la é a informação.
O que é diabetes?

De forma resumida, podemos dizer que o diabetes é uma síndrome metabólica (para saber mais leia: Diabetes e síndrome metabólica: qual a relação entre as duas condições?).

O diabetes é caracterizado pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue. Isto ocorre em razão da incapacidade do pâncreas de produzir corretamente a quantidade de insulina necessária para o organismo e/ou quando o corpo não responde adequadamente à insulina (resistência insulínica). É importante deixar claro que a resistência à insulina não é o pré-diabetes.

Quando não é tratada o diabetes pode, a longo prazo, originar outras complicações como doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, doença renal crónica, úlceras no pé e retinopatia diabética ou até mesmo a morte.

Como o diabetes funciona?

Imagine que o seu corpo é uma grande cidade com muitas ruas, avenidas e estradas. Estas são as veias e as artérias. As células que fluem por essas vias são os carros, que precisam de combustível para se movimentar – no caso do seu corpo, a glicose é esse combustível. Agora imagine que os tanques desses carros estejam fechados, e, por consequência, o combustível começa a se espalhar pelas vias. É assim que o diabetes funciona.

O nível de açúcar no sangue normalmente flutua durante o dia, elevando-se após as refeições. Nas pessoas que não têm diabetes, essas flutuações cessam, estacionando em um valor que varia entre 70 e 140 mg/dl. Para um portador da doença, entretanto, os níveis de glicose sobem muito logo depois das refeições e caem mais lentamente à medida que o corpo metaboliza o alimento.

A glicose geralmente leva a culpa pelos danos do diabetes, mas o problema é causado principalmente pela insulina. Ela é um hormônio produzido pelo pâncreas, e é responsável por “destrancar” as células para que a glicose possa entrar e ser carregada pelo corpo. Quando a glicose entra nas células sanguíneas e deixa a corrente, o nível de glicemia (que é o nível de glicose na corrente) cai. Nesse momento, a insulina também diminui para não causar a hipoglicemia, que é a falta de glicose no sangue. A hiperglicemia é o contrário: quando o corpo não consegue controlar a insulina, os níveis de glicose na corrente sobem muito, o que pode causar danos.
Sintomas do diabetes:

Sensação de cansaço
Idas frequentes ao banheiro
Sede insaciável
Ataques de fome
Visão embaçada
Fadiga
Formigamento nas mãos e nos pés

É importante frisar que muitas pessoas com pré-diabetes, assim como em alguns casos do diabetes tipo 2, não apresentam sintomas. Por esta razão é importante consultar um médico e estar com os exames em dia.
Fatores de risco

Abaixo estão os principais fatores de risco para desenvolver a doença:

Idade acima de 45 anos
Obesidade (saiba como a obesidade causa danos à saúde e veja formas de preveni-la)
História familiar de diabetes em parentes de 1° grau
Hipertensão arterial sistêmica (confira 5 passos para reduzir a hipertensão arterial)
Colesterol HDL abaixo de 35 mg/dl e/ou triglicerídeos acima de 250 mg/dl;
Alterações prévias da regulação da glicose

Quais são os tipos de diabetes?

Há três tipos mais recorrentes de diabetes: tipo 1, tipo 2 e diabetes gestacional. O tipo 1 é causado pela ausência de insulina. O tipo 2 é o corpo que, por diversos motivos, pode não estar regulando bem a sua produção. Já o gestacional surge durante a gravidez e pode ser diagnosticado com 22 semanas de gestação. É causado por disfunção na produção e ação da insulina no corpo. O tipo gestacional tende a desaparecer após a gravidez, mas em muitos casos é necessário o uso de insulina para o controle da glicemia durante a gestação.

Para saber mais detalhes sobre os tipos de diabetes leia: Diabetes: conheça os principais tipos e as suas diferenças

O diabetes é uma doença séria, mas que pode ser controlada. Ao contrário da maioria das doenças, o diabetes é centrado no paciente – o que significa que é você, e não o médico, que está no controle o tempo todo. O médico e o nutricionista ajudarão você a formular um plano para manter a glicemia em um nível aceitável, mas está em suas mãos fazer as melhores opções alimentares, monitorar seus níveis de glicose e elaborar um programa de exercícios que consiga cumprir.

Mas não se esqueça que é importante que haja acompanhamento médico constante. Apesar de não ter cura, é possível viver uma vida normal com a doença.

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