O pedido de saída da presidência do Diretório do PSL em Maceió, oficializado, na manhã desta segunda-feira (18), pelo deputado estadual Cabo Bebeto (PSL) pode ser o “começo do fim” para o partido em Alagoas. Fiel ao presidente Jair Bolsonaro, que vai criar a Aliança Nacional Conservadora após uma série de problemas internos na antiga sigla, a saída de Bebeto começa a abrir um racha na legenda aqui no Estado.

Ele era o único com mandato que foi eleito nas eleições de 2018. Em um post no seu perfil do Instagram, Bebeto agradeceu a direção do partido, mas, principalmente, aos 31.573 eleitores que o elegeram como deputado estadual. Ele disse que todos conhecem sua “admiração política” com o presidente, limitando-se a dizer que é de conhecimento público o seu alinhamento com Bolsonaro.

Ao se referir ao novo partido, Bebeto diz terá uma linha política “sintonizada com os ideários do nosso capitão e anseios de mudanças clamadas pelo povo brasileiro”. Segundo ele, neste momento acompanhar o presidente é “muito mais que um ato de gratidão, uma real demonstração de confiança política”, descreveu ao pedir que o PSL comunique sua decisão à Justiça Eleitoral.

Ainda não se sabe se o PSL vai tomar alguma providência contra a posição do parlamentar e buscar o mandato já que, em tese, a cadeira na Assembleia é da sigla ou vai espulgá-lo para viabilizar a sua migração para o novo partido. A Gazetaweb buscou contato com sua assessoria, mas não obteve retorno até o momento.

Candidatura

Em Alagoas, enquanto ainda estava na legenda, o presidente nacional do PSL, Luciano Bívar, havia garantido que caso o partido não apoiasse nenhum outro candidato seria Bebeto o nome para a disputa municipal. No ritmo que vai não se sabe se, em breve, a silga PSL vai significar partido sem liderança

A sucessão municipal no Estado vinha sendo articulada pelo presidente do Diretório Estadual, Flávio Moreno. Ele também é fiel ao presidente, mas ainda não comunicou oficialmente se também irá se desligar do partido.

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