Os vereadores que compõem a oposição ao prefeito Cacau Filho (PSD) em Marechal Deodoro, Del Cavalcante e Marcelo Moringa, utilizaram a tribuna da Câmara Municipal para tratar de um contrato, que segundo eles apresenta suspeita, feito no valor de mais de R$ 900 mil entre a Prefeitura e a Cooperativa dos Agricultores Qualificados.

Os parlamentares vão entrar com uma representação contra o gestor do município no Ministério Público do Estado (MPE) para que ele explique esse convênio firmado em novembro do ano passado.

À Tribuna, Del Cavalcante explicou que o que chamou a atenção dos vereadores foi o valor firmado para a compra de cominho, um tempero utilizado em legumes e outras especiarias.

“Foram 20 mil pacotes de cominho. A quantidade a gente já achou muito alta e a maior questão aí foi que o valor de um pacote desses no contrato de 60 gramas está a R$ 6,55 dando um valor total de R$ 131 mil. Só que fora essa situação do cominho tem também a compra de 50 mil polpas de frutas que no caso no contrato não está na quantidade de polpas das pequenas, está por quilo. São cinco mil quilos de polpa de fruta, fora essa polpa, existe um contrato com a Pindorama que é de 85 mil caixas de suco de 500 ml que no caso dá mais de 42 mil litros de suco. São 200 mil pacotes de leite em pó que foram comprados por quase 800 mil e fora esses 200 pacotes de leite integral e em pó teve mais 30 mil litros de leite. Então, na situação do cominho, fora a quantidade que a gente achou excessiva tem a situação do valor. Agora, dos outros, o valor a gente não viu tão acima, mas a gente achou a quantidade também excessiva. Estamos pensando em fazer uma representação junto ao MPE por conta dessas quantidades. Não fizemos antes porque tivemos acesso a essa documentação na terça-feira e quarta-feira [27] abordamos durante a sessão na Câmara”

Durante a sessão ordinária, Del Cavalcante informou ainda que pais de alunos vêm denunciando aos vereadores a falta de merendas nas escolas de seus filhos, além de pedirem uma solução para isso. Por fim, ele cobrou que o prefeito Cacau Filho se manifeste sobre as reuniões que visam acompanhar a aplicação dos cerca de R$ 43 milhões referentes aos precatórios do antigo Fundef, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação.

A reportagem tentou contato com a prefeitura de Marechal Deodoro para o prefeito Cacau pudesse tratar dos temas abordados contra a sua gestão, em relação à aplicabilidade dos recursos do antigo Fundef, mas não obteve êxito.

Fonte: Tribuna Independente