Manter as atividades normalmente com o corte no orçamento é o principal desafio do novo reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo. Durante entrevista coletiva realizada na quarta-feira (19), o reitor apresentou números e apontou que a folha de pessoal, ou seja, do pagamento dos servidores, caiu de R$ 860 milhões em 2019 para R$ 708 milhões em 2020.

“Já estou sendo empossado com essa crise para administrar, mas o plano é manter as atividades normalmente. Prefiro acreditar que os cortes são uma medida inconstitucional, mas quem decide é o STF [Supremo tribunal Federal]. O plano de cargos e carreiras, além dos salários dos servidores, é decreto e que precisa ser cumprido A nossa gestão não pode ser responsabilizada por essa situação atípica que deve ser resolvida pelo governo federal”, afirmou Tonholo.

A Universidade Federal de Alagoas teve uma expansão de 60% nos últimos 12 anos em todo o estado e o novo gestor destaca que para manter esse aumento é outro desafio.

“Expandir a Universidade requer contratos e mais recursos financeiros para a manutenção. Vamos manter os procedimentos regulares esperando que haja uma sobra lá na frente. Ainda há recursos sob supervisão no MEC [Ministério da Educação] e estamos aguardando orientação do TCU [Tribunal de Contas da União]”, explicou.

Tonholo destacou ainda a assistência estudantil, principalmente para universitários em vulnerabilidade social. “Esses estudantes precisam de garantias não só para entrar na Universidade, mas também para se manter dentro dela. Para ter condições de estudar. E outro dos nossos desafios é colocar esses estudantes em condições dignas de permanência”, afirmou o reitor.

“Não vamos cair na falácia de que a Universidade Federal de Alagoas vai fechar no mês que vem. Vamos fazer essa gestão funcionar com toda a nossa energia. Todo ano esse boato aparece e a Ufal tem sobrevivido e mostrado resultado. Nosso time vem aqui para mostrar competência”, garantiu Tonholo, que tomou posse para comandar os rumos da Ufal no último dia 28 de janeiro deste ano.

O reitor da Universidade Federal de Alagoas chegou a analisar a educação é vetor para transformação social em Alagoas. Tonholo está no cargo por quatro anos e encerrará a sua gestão em 2024 e pode concorrer novamente ao cargo.

Fonte: Tribuna Independente / Thayanne Magalhães