A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, destacou, ao defender o retorno das aulas presenciais na rede municipal de educação, que grande parte dos estudantes não tem acesso ao ensino remoto. A educadora participou via internet do programa Ricardo Mota Entrevista, TV Pajuçara, do último domingo, 27. Veja vídeos abaixo.

“É uma parcela muito significativa. Nós precisamos retornar as aulas das escolas públicas, as crianças precisam voltar para as escolas. Elas estarão, na minha opinião, mais seguras do que nas ruas, brincando onde elas estão, e as casas são muito pequenas, não há distanciamento, uso de máscara… Nós sabemos que muitas pessoas não têm condições de adquirir a máscara, a gente tem recebido essas informações quando eles [familiares] têm ido na escola buscar materiais para as crianças”, explicou Ana Dayse Dorea.

Para ela, existe a discussão para a volta do ensino presencial também por causa da ausência de aparelhos eletrônicos na casa de famílias carentes. Maceió chegou a investir no ensino via rádio para poder “atingir” este grupo.

“Já que nós temos um grupo de famílias em nossas escolas que não tem condição, não tem equipamentos necessários para o ensino remoto, o município de Maceió optou por atividades através de rádio, e tem recebido um retorno satisfatório. Os pais também vão nas escolas para buscar material e as crianças fazem as atividades em casa”, reforçou a educadora.

“É preciso que a gente entenda que essas dificuldades, além de que nossas crianças na escola recebem também a alimentação, recebem a merenda, que é a maior alimentação delas no dia”, completou.

A professora afirmou que há um protocolo de retorno já analisado pela Secretaria de Educação e esclareceu que a volta deve acontecer de forma gradativa, com cautela, com turmas sendo selecionadas para um primeiro momento.

“O nosso protocolo orienta como vamos começar. Seria primeiro pelos alunos dos nonos anos, são 15 escolas que oferecem os anos finais, do 6º ao 9º. Depois pelos alunos dos quintos anos, e depois estamos planejando a educação infantil iniciar uma experiência só com as crianças de 5 anos, sem levar as crianças de creche ainda. Passar um tempo observando, os professores recebendo formação, os servidores, as merendeiras… Então vamos fazer isso escalonado”, disse.

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