Moradores dos bairros Mutange e Bom Parto bloquearam o trecho que liga a Avenida Major Cícero de Góes Monteiro a Rua General Hermes na manhã desta sexta-feira, 23. O protesto tem o objetivo de buscar uma definição para as famílias que ainda moram na região afetada pelas rachaduras e cobrar mais segurança, já que segundo o grupo, os bairros ficaram esvaziados e houve aumento de violência.

Os manifestantes usaram pneus, entulhos e até móveis para atear fogo e impedir a passagem de veículos pela pista. A Polícia Militar está no local e acompanha a situação. Os moradores afirmam que vão liberar o trecho por completo após resposta da Braskem e da Defesa Civil.

Segundo eles, muitas casas já foram evacuadas e vias interditadas. Os manifestantes disseram que não sabem se vão precisar deixar os imóveis e cobram uma posição quanto a inserção das famílias no programa de assistência destinado para a população dos bairros.

Além de buscar esta solução, o grupo pediu mais segurança, já que as interdições teriam provocado mais assaltos e invasão em residências, com o número menor de pessoas que habitam a região.

O TNH1 entrou em contato com a Braskem e foi informado que ações desenvolvidas pela empresa nos bairros incluem vigilância patrimonial, instalação de câmeras, alarmes e uma Central de Monitoramento, entre outras medidas. A Braskem afirmou também que respeita o direito de manifestação pacífica e reitera que a prioridade é oferecer segurança e bem-estar à população. Leia abaixo:

“Desde o último mês de dezembro, proprietários, inquilinos e comerciantes com imóveis localizados na área de desocupação definida pela Defesa Civil de Maceió são atendidos pelo Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF), incluído no acordo firmado entre ministérios públicos Federal e Estadual, defensorias públicas da União e de Alagoas, e a Braskem. Na semana passada, o PCF alcançou a marca de 2 mil propostas apresentadas aos moradores, com mais de 1.800 delas já aceitas e as demais, em análise pelas famílias. Apenas 3 propostas foram recusadas. A cada mês, o PCF está conseguindo somar mais 450 propostas apresentadas aos moradores. Até o momento, o Programa já pagou mais de R$ 200 milhões entre auxílios financeiros e compensações financeiras aos moradores dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto. A evolução desses números é acompanhada de perto pelas autoridades. A empresa também está em contato direto e permanente com as lideranças comunitárias dos quatro bairros afetados pelo fenômeno geológico, com quem todas as informações são compartilhadas.
Além disso, a Braskem vem desenvolvendo ações nos bairros que incluem vigilância patrimonial, instalação de câmeras, alarmes e uma Central de Monitoramento, instalação de muros de proteção nas áreas já desocupadas, tamponamento dos imóveis vazios, controle de pragas, limpeza e remoção de entulho, e acolhimento dos animais. A Braskem respeita o direito de manifestação pacífica e reitera que sua prioridade é garantir a segurança e o bem-estar dos moradores dos bairros”.

TNH1.CCOM

FOTO: Bruno Protasio/TV Pajuçara