O multicampeão Flamengo de 2019 terminou a temporada com oito titulares contratados no mesmo ano. Um aproveitamento impressionante que fez a equipe de Jorge Jesus ter um grande sucesso. Em 2020, o cenário mudou. Alguns atletas que chegaram ao clube não conseguiram se firmar.

São os casos de Michael, Léo Pereira, Gustavo Henrique e Pedro Rocha. Pedro, Isla e Thiago Maia (que não joga mais nessa temporada), no entanto, se mostraram bons reforços ao elenco.

Por causa do alto investimento, os casos de Michael e Léo Pereira se tornaram mais simbólicos. Os jogadores não tiveram bom desempenho até aqui e o Flamengo ainda tem uma grande quantia a pagar pelos direitos econômicos.

De acordo com o último balanço apresentado, os dois ainda vão custar ao clube, somados, R$ 68,8 milhões. Por Gabigol, comprado nesta temporada, o Flamengo ainda precisa quitar cerca de R$ 96,9 milhões.

Gabigol: R$ 96,9 milhões
Léo Pereira R$ 30,4 milhões
Michael R$ 38,4 milhões

Os resultados ruins da equipe na Copa do Brasil e Libertadores, com eliminações precoces, dificultam ainda mais o cenário já prejudicado pela pandemia, que cortou a receita de bilheteria e fez o clube rever seu orçamento.

Há ainda questões urgentes a serem resolvidas até o fim do mês, como a renovação de contrato de Diego Alves e a compra dos direitos de Pedro. Em princípio, o acordo seria de pagamento em seis parcelas semestrais, sem entrada, a partir de 2021, que totalizam 14 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões). O Flamengo tenta diminuir o valor das cotas do próximo ano e aumentar as dos anos seguintes.

O valor a ser desembolsado por esses jogadores é maior do que a previsão de entrada de verba referente a direitos econômicos, o que aumenta o risco de ser necessário a venda de atletas.

O Flamengo ainda tem a receber de atletas negociados cerca de R$ 99,6 milhões, na cotação atual do euro. Desta forma:

Do Real Madrid por Reinier: R$ 88,1 milhões (em duas parcelas – janeiro e julho de 2021);
Do Lommel por Vinicius e Caio Alves: R$ 8,2 milhões (800 mil euros em julho/21 e 500 mil euros em setembro/21);
Do Lyon por Paquetá (mecanismo de solidariedade): R$ 3,3 milhões (duas parcelas de 267 mil euros, em 31/10/2021 e 31/10/2022).

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FOTO: Alexandre Vidal / CRF