O Santos iniciou conversas para contratar o técnico Fernando Diniz, mas ainda encontra obstáculos na negociação.

Há pontos que aproximam e afastam o treinador, livre no mercado desde a saída do São Paulo, de ser o substituto de Ariel Holan na Vila Belmiro.

Abaixo, o ge dá um panorama da situação envolvendo Diniz e o Santos. O Peixe pretende oferecer um contrato de um ano (prorrogável por mais um) ao treinador, mas ainda não bateu o martelo internamente.
O que aproxima Diniz do Santos

Sinal positivo ao projeto: oferecido ao Santos após o pedido de demissão de Holan, Diniz nunca escondeu o interesse em comandar o Peixe e, de acordo com pessoas que tiveram contato com o treinador, está empolgado com a procura. Ele se encaixa na realidade financeira do clube e confia que pode ter sucesso em seu planejamento para o Peixe;
Recusa de outros treinadores: como Diniz não é unanimidade entre os dirigentes, o Santos buscou outras alternativas no mercado, mas recebeu “não” de alguns pretendentes. Lisca e Guto Ferreira, outros nomes cotados, não quiseram deixar América-MG e Ceará, respectivamente;
Aceitação e perfil: diante da falta de opções e com o desejo de não fazer grandes investimentos, o nome de Diniz é visto com bons olhos por parte dos torcedores – ele é o quarto colocado na enquete do ge. O estilo do treinador casa com as características buscadas pelo Santos: tem uma ideia de jogo ofensiva e gosta de trabalhar com a base.

O que afasta Diniz do Santos

Detalhes contratuais: algumas condições impostas pelo Santos são um entrave nas negociações. A diretoria bate o pé para o vínculo não ter multa rescisória e não haver pagamento de comissão para empresários, o que não agrada representantes do técnico;
Demora: a possibilidade de fechar com Diniz está na mesa do Santos há dias, mas o clube demonstrou não ter pressa para contratar um substituto para Holan. Foram várias reuniões entre o Comitê de Gestão, muitos nomes sondados, mas poucas definições. O Peixe optou pela cautela e preferiu “esgotar as opções” antes de começar, de fato, a negociar;
Resistência de parte da diretoria: se uma ala na diretoria defende a contratação de Diniz, há outra que se opõe. Depois de muitas reuniões, das recusas e da dificuldade em chegar a um consenso por um alvo prioritário, dirigentes se mostraram mais abertos à possibilidade de o treinador assumir o comando do clube.

Além do São Paulo, onde foi demitido em fevereiro deste ano, Diniz trabalhou em Fluminense e Athletico recentemente. Enquanto não acerta com um treinador, o Peixe vem sendo comandado pelo auxiliar Marcelo Fernandes, membro fixo da comissão técnica do clube.

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FOTO: Geraldo Bubniak/Estadão Conteúdo