A lacuna no calendário 2021 da Fórmula 1 foi preenchida com o anúncio do GP do Catar no Circuito de Losail, em 21 de novembro deste ano – encerrando a rodada tripla que começa no México e passa pelo Brasil. E seguindo a tendência das outras provas do Oriente Médio como Bahrein e Abu Dhabi, a disputa em Doha também será à noite, confirma o presidente da categoria, Stefano Domenicali.

– O GP do Catar será disputado como uma corrida noturna e certamente será impressionante. É a experiência certa para os fãs. Sabemos o que esperar pelas corridas de MotoGP lá, e nós já temos provas à noite no Bahrein, Singapura e em Abu Dhabi. Isso cria um toque diferente para o show da Fórmula 1 – declarou o italiano.
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Válida como a 20ª rodada do campeonato, a etapa estreia na categoria ao lado de sua vizinha Arábia Saudita; a fronteira entre a península e o país, que vai receber a penúltima corrida do ano, mede apenas 60 km. O acordo foi motivado pelo objetivo da F1 de ser um “case de sucesso” do país após a Copa do Mundo de 2022, que será realizada lá.

A escolha do horário da prova em Doha teve que pesar as altas temperaturas da região durante o dia e a possibilidade de um tempo ameno no outono. O Catar é um destino antigo para outras categorias como a MotoGP, que corre lá desde 2004.

– São necessários apenas alguns pequenos ajustes. A infraestrutura no local é de primeira classe, claro. A vontade de sediar uma corrida no Catar era imensa. Foi quando reconhecemos o desejo do Catar de ingressar na família da Fórmula 1. Será mais uma corrida incrível em uma temporada já fantástica – celebrou Domenicali.

O GP do Catar será após as corridas no México em 7 de novembro e no Brasil, no dia 14. A logística se mostra um desafio tendo em vista que São Paulo e Doha, capital da península, são separadas por cerca de 11 mil km.

A data estava inicialmente prevista para receber o GP da Austrália, mas a corrida na Oceania foi cancelada pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia do coronavírus – que forçou a redução do calendário de 23 para 22 provas. Desde então, a lacuna aguardava a confirmação de uma nova sede.

– A crise contínua do coronavírus nos força a permanecermos flexíveis e buscar soluções. Mas a Fórmula 1 mostra como reagir à crise global. Conseguimos estabelecer para este ano um calendário com 22 corridas e isso mostra o quão forte é nosso sistema e como são boas nossas relações ao redor do mundo. Não é fácil organizar um evento como esse; muita gente se movimenta, conversamos com governos, tratamos de diretrizes. E tudo isso sem perdermos o ritmo – concluiu o presidente da F1.

A próxima etapa da atual temporada será o GP da Turquia no Circuito de Istambul, na semana que vem. Faltam sete rodadas para a conclusão do campeonato, hoje liderado por Lewis Hamilton e a Mercedes no Mundial de Equipes.

GAZZETAWEB.COM \ Redação com Globo Esporte

FOTO: World SBK