Entidades que representam o setor produtivo e de serviços fizeram um ato, nesta quarta-feira (03), para chamar atenção pela necessidade de ordenamento do centro de Maceió. De acordo com os manifestantes, todos estão de luto devido ao projeto que cria uma “faixa amarela”, para ampliar a presença de ambulantes no comércio.

“O ato está acontecendo porque estamos preocupados com o Projeto de Lei (PL) que tramita na câmara. Esse projeto visa criar, em Maceió, faixas amarelas para contemplar os ambulantes. Porém, somos contrários ao PL, pois entendemos que a Prefeitura de Maceió poderia fazer o contrário. Poderia fortalecer os locais onde já existem os ambulantes, que é a Praça dos Palmares, Praças das Cadeias, camelôs próximos ao restaurante popular e mercados públicos. Todos deveriam, sem dúvidas, ser revitalizados para que as pessoas que trabalham nesses locais não precisassem vir ao Centro”, disse Rosivaldo Moura, presidente da Associação dos Camelôs e Comerciantes do Shopping Popular.

Para empresários e comerciários, os 26 mil empregos formais gerados na região estão em risco devido ao projeto. Hoje, ainda segundo Moura, há uma grande quantidade de ambulantes no Centro, “porque não há uma fiscalização”. Pelo contrário, há uma permissão ilegal. Hoje a gente entende que todo mundo precisa sobreviver, mas tem que ter o mínimo de ordenamento, porém, a prefeitura não consegue gerir essa situação”.

Andriane Maria, que está desempregada e participou do ato, também pede ordenamento, para que haja maiores possibilidades de empregos.

“Essa desorganização acaba prejudicando aqueles que precisam trabalhar. Esse problema de desordenamento é antigo e precisa acabar. Precisamos de um espaço fixo e legal para trabalhar”, disse ela.

GAZETAWEB.COM \ Clariza Santos e Greyce Bernardino

Greyce Bernardino