Pilar completou 150 anos de muita história, cultura e tradição nessa quarta-feira (16). As celebrações tiveram início com a tradicional alvorada festiva pelas ruas da cidade, seguida de missa em ação de graças e hasteamento dos pavilhões, com a participação especial da banda da Polícia Militar de Alagoas. O dia festivo foi encerrado em grande estilo com o tradicional desfile cívico reunindo as bandas do Corpo de Bombeiros e de fanfarra do Pilar e região.

O ápice da festa, porém, ficou por conta da inauguração de mais um importante equipamento público. Trata-se da nova Casa da Cultura e Museu Arthur Ramos, que foi totalmente revitalizada. Segundo a diretora Ruthnea Camelo, a reforma preservou a estrutura original do imóvel que – além de resgatar a história de Arthur Ramos – traz também a tradição do Guerreiro pilarense e a trajetória de outro filho ilustre do Pilar, o ex-deputado Rubens Canuto.

Outra novidade é um totem interativo por meio do qual os visitantes poderão acessar informações não apenas sobre a Casa da Cultura, mas também sobre a história e pontos turísticos da cidade. Uma das principais defensoras da preservação da cultura local, a deputada Fátima Canuto destacou a importância do novo espaço.

“A Casa da Cultura é um equipamento cultural riquíssimo, preservando o acervo histórico do Pilar, que segue sendo uma referência também no apoio à cultura. A reforma deste patrimônio fortalece e valoriza a arte, tradição e identidade pilarenses”, afirmou a deputada – que já viabilizou, por meio de emenda parlamentar, R$ 1,5 milhão em recursos para as áreas de Educação, Saúde e Assistência Social do Município.

O prefeito do Pilar, por sua vez, destacou a satisfação de servir àqueles que mais precisam, reafirmando seu compromisso com a população pilarense.

“Estive recentemente em Minas Gerais para conhecer o nosso teleférico. Foi quando me veio à mente tudo o que temos feito para o futuro do Pilar, passando, sobretudo, pelo cuidado com as nossas crianças. Afinal, mais do que obras, precisamos cuidar cada vez mais e melhor delas, para que, mais à frente, todas possam se orgulhar da educação que tiveram”, disse Renato Filho, que discursou após a missa realizada na Igreja Nossa Senhora do Pilar.

Na ocasião, o prefeito lembrou também que outros grandes equipamentos serão entregues à população ainda neste mês de março. “Depois de entregarmos, totalmente restaurado, o Cine Pilarense, um dos poucos cinemas de rua do país, resolvemos inaugurar hoje a Casa da Cultura para

que esta data fica marcada como o dia em que o pilarense resgatou a sua história. Estamos, portanto, preparando a cidade do Pilar para os próximos 150 anos”, emendou o gestor, acrescentando que o município também vai ganhar um parque aquático – a Prefeitura, inclusive, pretende adotar um modelo de construção inovador denominado built to suit (BTS).

“Precisamos pensar grande. Trabalhamos com humildade, mas também com a ousadia que o progresso nos exige. Afinal, nossas decisões vão refletir o futuro de todos nós. Pilar tem muito potencial, e é por isso que precisamos seguir, com a força de seu povo, liderando o desenvolvimento desse estado, para que nunca mais voltemos a figurar no mapa da violência. Meu propósito de alma é ajudar o próximo porque a vida só é melhor quando a gente faz o outro feliz”, reforçou o prefeito.

Por fim, Renato Filho lembrou as muitas ações – como a 1ª escola pública bilíngue do país, a aquisição de chromebooks e a instalação de pontos de internet gratuita nas residências dos estudantes – que fizeram da rede municipal do Pilar uma referência em educação de qualidade, como já atestado, inclusive, pelo Google for Education.

“Criamos um pacto para erradicar em 100% a extrema pobreza, para que todas as nossas crianças estejam na escola, para que elas tenham uma perspectiva de vida e estejam prontas para tornar esse estado ainda mais forte. E não adianta eu dar um outro passo se todos vocês não estiverem comigo. Prefiro minhas noites mal dormidas a ver um semblante de preocupação em quem quer que seja”, concluiu.

Casa da Cultura Arthur Ramos

Arthur Ramos foi médico, cientista, antropólogo, professor e folclorista pilarense. A casa foi construída no século 19, onde a Família Ramos mantinha um consultório para atendimentos do pai de Arthur, Manoel Ramos. Além de uma extensa biblioteca, o local também abrigava saraus literários e musicais.

O museu nasceu como um local para expor objetos diversos do folclore, como imagens e histórias da cidade, bem como obras de Arthur Ramos e a documentação da última pena de morte do Brasil, ocorrida em 1876, no Pilar.

A Casa da Cultura e Museu Professor Arthur Ramos foi tombada pelo Conselho Estadual de Cultura no ano de 1988, sendo adquirida pela Prefeitura em 1993. Desde então, o patrimônio é mantido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

CADA MINUTO

Foto: Assessoria