Como ainda não existem medicamentos totalmente eficazes ou vacinas para nos proteger do novo coronavírus, de certa forma

combatê-lo depende da capacidade de resposta de cada pessoa à Covid-19, conforme explica uma reportagem da BBC News Brasil.

Por isso mesmo, ter uma imunidade forte é essencial para prevenir e combater o vírus, assim como para a recuperação do

doente.

De acordo com vários especialistas, em entrevista à BBC, são quatro os pilares de uma “boa imunidade”, nomeadamente: ingerir uma alimentação saudável, dormir horas suficientes, praticar exercício físico frequentemente e evitar e reduzir os níveis de estresse.

Entenda como a imunidade é afetada

Ana Caetano Faria, professora titular de Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista da Sociedade Brasileira de Imunologia, explica que, quando dormimos horas insuficientes, comemos alimentos pouco saudáveis, somos sedentários e vivemos em estresse e ansiedade constante, o nosso sistema imunológico sofre as consequências.

“Todos esses pilares são importantes, mas destaco a necessidade de dormimos bem. É durante o sono que temos maior produção de células de defesa pela medula óssea. Estudos mostram que dormir menos de cinco horas por noite aumenta em quatro vezes o risco de desenvolver infecções respiratórias, como gripes e constipações”, contou à BBC.

Entretanto, quando nos exercitamos – sem exageros – o corpo liberta hormônios que contribuem para a regulação do sistema imunológico. Já ao controlar o estresse, o corpo abstém-se de produzir substâncias que o prejudicam. E o consumo de uma alimentação equilibrada, fornece a energia necessária para o ótimo funcionamento das nossas defesas, elucida a professora.

Afinal, o que é uma dieta equilibrada?

A BBC News Brasil entrevistou a

nutricionista Julia Granje, que explicou que “não existe nenhum alimento ou vitamina que combata o novo coronavírus. Mas, obviamente, quando o sistema imunitário está ativo e saudável, vai ajudar a lutar a combatê-lo”.

Siga as dicas da especialista:

1. Prepare pratos coloridos

Granje recomenda comer cerca de dez porções de 80 gramas por dia, sete de legumes e verduras e três de fruta, de cores diferentes.

“Cada cor dos alimentos reflete o tipo de micronutrientes que têm. Desafio os meus pacientes a colocar pelo menos cinco cores no prato”.

Relativamente aos micronutrientes, a nutricionista dá especial destaque ao zinco e selênio.

“O zinco é encontrado nas carnes vermelhas e no fígado de frango. Também nas ostras”.

Entretanto, o selênio está presente em frutos secos e na farinha de trigo.

Granje aconselha ainda a comer menores quantidades de hidratos de carbono simples, como arroz branco, pão branco e bolos e que dê preferência aos hidratos complexos, ou seja, as versões integrais desses alimentos.

2. Não esqueça das “vitaminas antioxidantes”

Segundo a nutricionista, vitaminas A, C, D e E são extremamente importantes – mais uma vez, abundantes sobretudo nas verduras e fruta.

3. Cuide do intestino

A microbiota intestinal afeta a imunidade, como tal Granje reforça a importância da ingestão de alimentos ricos em fibras, tais como vegetais, fruta e grãos integrais.

4. Reduzir o consumo de álcool e de sal

“O álcool e o sal em excesso podem ser prejudiciais para o sistema imunológico. O seu consumo deve ser feito com moderação”, alerta a nutricionista.

De acordo com um estudo realizado pela Escola Médica da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, o consumo em demasia de álcool prejudica a capacidade do organismo de combater infecções virais, especialmente do sistema respiratório.

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